“Killing is My Business…” e a fúria que deu origem ao Megadeth

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Quando foi demitido do Metallica em 1983, Dave Mustaine deixou Nova York com um único desejo em mente: vingança. A ferida era profunda — o futuro líder do Megadeth não apenas havia sido excluído de uma banda cujo som ajudou a moldar, como também viu muitas de suas composições serem aproveitadas sem seu envolvimento ou crédito adequado.Movido pela frustração e pelo impulso de superar seus antigos colegas, Mustaine decidiu criar uma banda que fosse mais rápida, mais pesada e mais agressiva do que qualquer coisa que o Metallica já tivesse feito. Nascia ali o embrião do Megadeth, grupo que rapidamente se tornaria um dos pilares do thrash metal.Com pouco dinheiro, nenhuma gravadora importante interessada e muita urgência em mostrar serviço, Mustaine reuniu músicos desconhecidos — que logo se tornariam irmãos de guerra. Com a ajuda de suprimentos “alternativos”, entrou em estúdio para gravar o que viria a ser seu primeiro manifesto sonoro: “Killing is My Business… and Business is Good!”.Anos mais tarde, ele relembraria:“Esse disco foi gravado com um orçamento irrisório, por um produtor de primeira viagem (eu mesmo), um engenheiro de som excêntrico, nosso primeiro empresário/fornecedor e quatro desconhecidos que se tornaram melhores amigos — mesmo que apenas por um momento.”A seguir, leia a história dessa obra forjada no ressentimento, na urgência e no caos criativo de quem tinha tudo a provar — e nada a perder.Ascensão, queda e ressentimentoAntes de se tornar o cérebro por trás do Megadeth, Dave Mustaine foi peça-chave nos primórdios de outra das maiores bandas de metal de todos os tempos: o Metallica. Sua entrada no grupo aconteceu em 1982, quando respondeu a um anúncio na publicação californiana The Recycler — um jornal de classificados popular entre músicos da região de Los Angeles. Na descrição da vaga, o vocalista James Hetfield e o baterista Lars Ulrich listavam suas influências: Iron Maiden, Motörhead e Budgie. O jovem guitarrista se interessou imediatamente.Mustaine não passou por uma audição formal. Bastou que ligasse seu amplificador e mostrasse seu entusiasmo para ser aceito no grupo, então completado pelo baixista Ron McGovney. Seu equipamento de ponta e seu estilo agressivo impressionaram, e logo ficou claro que aquele músico excêntrico, nascido em 1961 e com uma infância marcada por instabilidade familiar, teria um papel de destaque na formação do som do Metallica.Apesar do talento inegável, Mustaine trazia consigo um temperamento volátil. Era arrogante, impulsivo, bebia todas, fumava muita erva, e tinha um comportamento frequentemente confrontador — dentro e fora do palco. Referia-se a si mesmo como o “macho-alfa”, chegando a dizer em entrevistas que era ele quem resolvia tudo: desde negociar com promoters até falar com o público entre as músicas. “Por que eu tinha que fazer tudo? Por que eu era o único que brigava, que subia no palco pra falar com a plateia, que buscava o dinheiro dos shows?”, questionou em entrevista à Classic Rock publicada em 2022.Metallica ainda com Dave Mustaine (à direita)A relação com Hetfield, que começou com admiração mútua, rapidamente se deteriorou. Mustaine tomava a frente das apresentações como se fosse o líder, mesmo sendo o novato. Seu comportamento, agravado pelo consumo excessivo de álcool, resultava em cenas constrangedoras. “Ele falava muita merda no microfone. E nem era o frontman. Era para o James falar com o público, mas o Dave os envergonhava”, revelou o cineasta e baterista original do Overkill, Rat Skates, em depoimento a Jon Wiederhorn e Katherine Turman reproduzido em “Louder Than Hell” (It Books, 2013).A situação se tornou insustentável no início de 1983. O Metallica, que estava prestes a gravar seu primeiro álbum, decidiu que era hora de cortar o mal pela raiz. Em 1º de abril daquele ano, o mais discreto e emocionalmente mais equilibrado Kirk Hammett, do Exodus, foi chamado para uma audição em Nova York. No dia seguinte, Mustaine foi demitido sem aviso prévio e colocado em um ônibus de volta para a Califórnia. “Eu arrumei minhas coisas em 20 segundos e fui embora”, contou ele à Metal Forces em 1985.Devastado e ressentido, Mustaine chegou a pedir que o Metallica não utilizasse suas composições, mas foi ignorado. Quatro músicas do álbum de estreia do grupo, “Kill ‘Em All” — “The Four Horsemen”, “Jump in the Fire”, “Phantom Lord” e “Metal Militia” —, trazem sua assinatura. No disco seguinte, “Ride the Lightning” (1984), duas faixas também contaram com sua coautoria: a instrumental “The Call of Ktulu” e a faixa-título. As disputas sobre créditos autorais persistiram por anos.Mustiane afirmou:“Se não fosse pelas minhas músicas, talvez nem existisse o ‘Kill ‘Em All’. O Metallica precisava do meu material para ter um disco de estreia. E quando eu disse ‘não usem’, eles simplesmente usaram. Isso só aumentou minha raiva.”À Metal Forces, ele também criticou a aclamação recebida por Hammett:“Como podem votar nele como o melhor guitarrista se ele só regravou meus solos? Até o roadie do Lars me disse que o Cliff Burton [baixista] estava ajudando o Kirk a escrever solos baseados em fitas de ensaios [comigo] antigas”.Apesar das farpas, Mustaine também reconheceu sua parcela de culpa. Em “Louder Than Hell”, ele assume total responsabilidade.“Eu era um bêbado violento e estava mais tempo bêbado do que sóbrio. Coloquei a segurança da banda em risco. Olhando pra trás, eu também teria me demitido.”A vingança em forma de bandaA demissão do Metallica foi um golpe duro para Mustaine. Sentindo-se traído e humilhado, ele voltou a Los Angeles carregando ressentimento e um objetivo claro: provar que ainda tinha muito a dizer — e mais alto do que jamais dissera antes. Foi esse espírito de revanche que se tornou o combustível para a criação do Megadeth. “Eu estava em busca de vingança”, confessaria anos depois.Mas antes disso, Mustaine passou por um período de incerteza. À Metal Forces, relembrou:“No começo, eu não sabia bem o que queria fazer. Pensei em continuar no mesmo estilo do Metallica, fazer algo mais pesado ou até tentar entrar em uma banda maior, com contrato em grande gravadora.”Não demorou para se reerguer. De volta a Los Angeles, o guitarrista encontrou no baixista David Ellefson o primeiro parceiro de jornada.O encontro entre os dois foi quase casual. Morando no mesmo complexo de apartamentos, Mustaine ouviu Ellefson ensaiando baixo em alto volume e resolveu bater na porta. Em 2001, Ellefson escreveu:“Eu tinha acabado de chegar de Minnesota, tinha 18 anos. Dave tinha 21. Depois de algumas cervejas, ele começou a falar sobre o Metallica e a tocar composições novas que estava criando. Fiquei completamente impressionado e pensei: ‘Preciso fazer parte disso’.”Com a formação ainda instável, a dupla passou por diversos músicos — entre eles, Kerry King, do Slayer — até encontrarem os parceiros certos. O baterista Gar Samuelson e o guitarrista Chris Poland, que vinham de uma formação em jazz e rock fusion, se juntaram à banda trazendo uma musicalidade inusitada para os padrões do metal da época.A química entre os quatro, apesar das diferenças de estilo e comportamento, acabou se tornando a maior força do Megadeth. Ellefson diz:“O que aconteceu foi que nossas habilidades combinadas nos deram uma vantagem musical em relação às outras bandas de metal.”Samuelson, por exemplo, foi escolhido após uma longa busca por um baterista que conseguisse acompanhar a complexidade rítmica que Mustaine desejava. O líder explicou:“Passamos por uns 15 bateristas. Eu queria alguém que entendesse as mudanças nas músicas, que soubesse construir um clímax. Gar, vindo do jazz, trouxe exatamente isso.”Poland, por sua vez, entrou primeiro como um quebra-galho. Mustaine comentou:“Ouvi o Chris por dez minutos e decidi. Ele era incrivelmente habilidoso — melhor do que eu na época, com certeza. E já tinha uma química com o Gar, pois tocavam juntos há anos. Isso era essencial.”Apesar da união criativa, os bastidores da banda eram marcados por caos e excessos. À Guitar World em 2018, Mustaine recordou as complicações que enfrentava com a nova formação:“Eles [Gar e Chris] eram completamente diferentes. Desde a forma de tocar até o que bebiam, as drogas que usavam, o jeito de pensar uma banda. Você não espera que um cara seja preso na véspera de uma turnê, nem ter que rodar as casas de penhores da cidade para resgatar instrumentos que tinham sido penhorados para custear heroína.”Sem encontrar um vocalista que se encaixasse no projeto, Mustaine acabou assumindo também os vocais da banda. “Depois de mais de um ano procurando, decidi cantar eu mesmo, pelo menos até acharmos alguém. Era a única forma de seguirmos em frente”, revelou à Metal Forces.A guerra começaEm 1984, Dave Mustaine já se movia com determinação para construir seu próprio legado com o Megadeth. Determinado a rivalizar com seus ex-colegas do Metallica — e, mais que isso, superá-los —, Mustaine buscava um contrato que possibilitasse não apenas a gravação de um álbum, mas também o financiamento de uma estrutura profissional que colocasse seu novo projeto em pé de igualdade com o crescente gigante do thrash metal.Foi nessa fase embrionária que o Megadeth cruzou o radar de Brian Slagel, fundador da Metal Blade Records, selo independente responsável por revelar nomes como Slayer e Armored Saint. Slagel chegou a receber uma longa carta de três páginas escrita por Mustaine, detalhando as intenções e ambições do Megadeth.A proposta financeira, porém, não se mostrou suficiente. Anos depois, Slagel lamentou:“Oferecemos sete mil dólares, mas a Combat ofereceu oito. Então eles foram com a Combat. Foi o maior valor que já oferecemos até então. A maioria dos nossos álbuns custava de US$ 1,5 mil a US$ 3,5 mil no máximo. Sete mil era muita grana para nós.”Braço da distribuidora Important Records, a Combat havia acabado de entrar no mercado fonográfico e buscava cravar seu nome no crescente cenário do metal extremo. O Megadeth foi sua primeira grande aposta. Ainda que a diferença entre os valores oferecidos pelas gravadoras tenha sido pequena, Mustaine e seus companheiros optaram pela proposta da Combat — uma decisão que, como o próprio Slagel reconhece com pesar, moldaria o futuro do thrash metal.Se a entrada no mercado parecia promissora, a realidade logo mostrou-se menos glamourosa. Apesar do adiantamento de 8 mil dólares para gravar o disco, metade do valor foi, segundo Mustaine, consumida rapidamente entre gastos com comida, drogas e má administração. Ele afirmou:“Começamos a fazer um disco de quatro mil dólares. Eu estava furioso. Qualquer chance de termos um relacionamento saudável foi destruída ali.”A produção inicial ficou a cargo de Jay Jones, um associado do início da banda, mas logo ele foi demitido por não entregar o resultado esperado. Mustaine acabou assumindo a função de produtor, dando início à sua jornada como comandante sonoro do Megadeth.As gravações começaram no estúdio Indigo Ranch, em Malibu, Califórnia, entre dezembro de 1984 e janeiro de 1985, com overdubs sendo finalizados no Crystal Sound Labs, em Hollywood.Musicalmente, “Killing is My Business… and Business is Good!” era uma declaração de guerra. Mustaine fazia questão de se distanciar do Metallica. Em conversa com o autor Martin Popoff reproduzida em “The Top 500 Heavy Metal Albums Of All Time” (ECW Press, 2003), confessou:“Quando saí, não queria ser visto como alguém que estava copiando eles. Queria tentar algo diferente e um pouco mais avançado. Queríamos fazer algo mais agressivo, mais ‘thrash’, mesmo.”Ele via o Megadeth como parte da elite do speed e thrash metal — rótulos que na época ainda não tinham as subdivisões extremas que surgiriam nos anos seguintes.O repertório do álbum mesclava agressividade, sarcasmo e complexidade técnica. Entre as faixas, destaque para “Mechanix”, versão acelerada de uma música que Mustaine havia composto quando ainda estava no Metallica e que, sob o título “The Four Horsemen”, acabou aparecendo em “Kill ‘Em All”.A inclusão era, segundo Mustaine na Metal Forces, uma provocação direta:“Foi para botar o Metallica no lugar. Eles diziam que eu era um bêbado e que não sabia tocar, mas o Kirk [Hammett] copiou todos os meus solos da fita [demo] ‘No Life ‘Til Leather’ e ainda foi eleito o melhor guitarrista da revista de vocês.”Consta da tracklist também a reinterpretação de “These Boots”, clássico de Nancy Sinatra, com letra alterada e abordagem mais agressiva. Dave explica:“Todo mundo fazia covers, mas nós quisemos ir mais longe. Pegamos uma música dos anos 1960 e reconstruímos a letra de um jeito mais sujo. Era também uma maneira de fazer os jovens dizerem: ‘Olha, mãe! Olha, pai! Eles até tocam uma música da época de vocês!’ Claro que os pais mudariam de ideia assim que lessem a letra.”Liricamente, o álbum abordava temas variados. Embora o clima sombrio e os elementos do oculto fossem predominantes, havia muito mais ali do que referências ao diabo. Mustaine garantiu:“A faixa-título, por exemplo, fala de um assassino de aluguel que descobre que foi contratado para matar quem o contratou. Eu nunca tinha visto isso num filme. Achei que seria uma boa ideia para uma música.”Apesar do potencial do material, a Combat Records voltaria a frustrar a banda pouco antes do lançamento do disco. A arte da capa, originalmente solicitada e aprovada pelos músicos, foi substituída unilateralmente pela gravadora, que optou por uma versão de gosto duvidoso. David Ellefson recordou em texto:“Tivemos várias conversas com o selo pedindo que a arte fosse reproduzida corretamente. Em vez disso, recebemos cópias prontas com uma versão completamente diferente. Ficamos horrorizados, mas já era tarde demais para mudar. Ficamos presos àquela capa por anos.”Perigo, caos e imprevisibilidadeLançado em 12 de junho de 1985, “Killing is My Business… and Business is Good!” marcou o início de uma das mais influentes trajetórias do thrash metal. Por ter sido distribuído por um selo independente, o álbum sofreu com a falta de uma rede de distribuição eficiente — o que dificultou sua chegada às lojas e ao público, limitando seu impacto inicial.Ainda assim, como ocorreu com o Metallica em seus primeiros anos com a Megaforce, foi apenas uma questão de tempo até que o Megadeth chamasse atenção de uma grande gravadora. Pouco depois, a banda assinaria com a Capitol Records, pavimentando o caminho para o sucesso mainstream.Embora “Killing…” carregue a crueza de quem tem mais atitude do que recursos, sua ferocidade e imprevisibilidade conquistaram uma legião de fãs ao longo do tempo. Em sua avaliação no livro “The Top 500 Heavy Metal Albums of All Time”, Martin Popoff classificou o disco na posição #304, destacando que, embora não chegasse ao nível técnico de álbuns como “Ride the Lightning” (Metallica) ou “Bonded by Blood” (Exodus), havia no álbum “perigo, caos e imprevisibilidade” suficientes para torná-lo memorável.O disco mostrou a que veio também para contemporâneos de Dave Mustaine. “Riffs de sobra. Brutal. Rápido. Uma versão inacreditável de ‘These Boots’. ‘The Skull Beneath the Skin’. Preciso dizer mais alguma coisa? O que faltava em produção era compensado em energia e nas músicas”, opinou Scott Ian, guitarrista do Anthrax. “Foi outro nível de agressão e realmente trouxe o riff de guitarra para a vanguarda de uma nova forma de música conhecida como thrash metal”, acrescentou Vinnie Paul, o saudoso baterista do Pantera.Contudo, nem todos da banda compartilhavam da mesma satisfação com o resultado final. Anos depois, Mustaine, confessou sua frustração com a produção do álbum:“Eu realmente não fiquei satisfeito. Tínhamos um orçamento pequeno e era a nossa primeira tentativa como Megadeth. Como eu já tinha tido experiências ruins lá atrás, com o Metallica, já estava bastante cético. Quando escutei o disco pela primeira vez no meu pequeno apartamento, não sabia o que era mais decepcionante: a arte da capa ou o som. Eu não entendia nada de masterização ou dos detalhes técnicos de um estúdio. E, infelizmente, não tinha prestígio suficiente para exigir um equipamento ou produção melhores. Eu simplesmente não tinha experiência.”Em entrevistas da época do lançamento, Mustaine já demonstrava certa decepção:“Ficamos contentados com o que conseguimos fazer com o que tínhamos. Mas começamos o disco com um produtor e simplesmente não estava soando como metal. Não estava certo. Fiquei de saco cheio e, com o que sobrou do orçamento, nós mesmos produzimos o álbum.”Décadas mais tarde, ao remixar o material para a edição comemorativa de 35 anos, batizada de “The Final Kill”, Mustaine voltou a se deparar com o peso emocional daquele período:“Reviver aqueles dias foi intenso. E, sinceramente, não quero passar por aquilo de novo. Mas, ao mesmo tempo, fico surpreso tanto com a música que fizemos quanto com o simples fato de termos sobrevivido àquilo tudo.”Hoje, “Killing is My Business…” é visto como um marco fundacional do Megadeth — nascido da fúria de Mustaine após sua saída conturbada do Metallica. Apesar das limitações técnicas, é lembrado pela energia bruta e pela vontade inabalável de provar seu valor.no encarte da supracitada edição comemorativa em CD, Mustaine escreve:“Se você me dissesse, naquela época, que eu estaria iniciando uma carreira a partir de ‘KIMB’, eu não sei se acreditaria. Se dissesse que esse disco, meu primeiro esforço solo depois da minha antiga banda, nascido de tanta raiva e tormento, seria um sucesso… eu provavelmente te daria um chute na cara!”Megadeth – “Killing is My Business… and Business is Good!”Lançado em 12 de junho de 1985 pela Combat RecordsProduzido por Dave Mustaine e Karat FayeFaixas:Last Rites / Loved to DeathKilling Is My Business… And Business Is Good!Skull Beneath the SkinThese BootsRattleheadChosen OnesLooking Down the CrossMechanixMúsicos:Dave Mustaine – vocais guitarra, piano em “Last Rites”Chris Poland – guitarraDavid Ellefson – baixo, backing vocalsGar Samuelson – bateria, percussão em “Rattlehead”Quer receber novidades sobre música direto em seu WhatsApp? Clique aqui!Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Bluesky | Twitter | TikTok | Facebook | YouTube | Threads.O post “Killing is My Business…” e a fúria que deu origem ao Megadeth apareceu primeiro em Igor Miranda.