A defesa da manicure Débora Rodrigues dos Santos, de 39 anos, que ficou conhecida como “Débora do Batom“, pediu nesta segunda-feira (16/6) que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorize a Polícia Federal (PF) a devolver o aparelho celular dela e que também permita o recebimento de visitas de cunho religioso.Débora é uma das envolvidas nos atos anti-democráticos de 8 de Janeiro. Ela pixou a estátua “A Justiça”, que fica em frente ao STF com a frase “perdeu, mané”. Ela ficou famosa ao se tornar símbolo de mobilização pela redução nas penas dos condenados. A manicure estava presa, mas, após pressão nas redes sociais, Moraes concedeu prisão domiciliar a ela.O pedido da defesa de Débora, protocolado nesta segunda, requisita que ela possa ter o aparelho celular de volta; possa receber atendimento médico a domicílio; seja autorizada a se deslocar para unidades de saúde; e também possa receber visitas religiosas.Encontros religiososEm relação ao pedido para receber visitas religiosas periódicas, a defesa de Débora sustenta que ela é membro ativo da Igreja Adventista do Sétimo Dia e que a demanda é um direito constitucional à “crença e o exercício dos cultos religiosos”.“Requer-se que seja autorizada a realização de visitas religiosas periódicas à Sra. Débora Rodrigues por parte de ministros credenciados pela Associação Paulista Central da Igreja Adventista do Sétimo Dia, especialmente com vistas ao cuidado espiritual e à preservação de sua saúde emocional, nos termos do art. 5º, VI e VIII da Constituição Federal, que garantem a liberdade de consciência, crença e o exercício dos cultos religiosos”, diz trecho da petição enviada ao STF. Leia também Andreza Matais Moraes transformou Gilson Machado na nova “Debora do batom” Brasil Moraes rejeita pedido para reavaliação da pena da Débora do Batom Brasil STF forma maioria para rejeitar recurso de Débora do “perdeu, mané” Brasil PL estuda lançar “Débora do Batom” a deputada nas eleições de 2026 Foi anexada ao pedido uma declaração assinada pelo pastor da igreja que Débora seria frequentadora. O documento diz que a manicure é membro da comunidade religiosa desde 2019.CrimeDébora é ré pelos mesmos cinco crimes pelos quais o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) responde no Supremo. Ela viajou ao Distrito Federal em 7 de janeiro. Na época, segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), ela permaneceu no Quartel-General do Exército e, no dia seguinte, 8 de janeiro, foi à Praça dos Três Poderes, onde pichou “perdeu, mané” na estátua da Justiça com batom vermelho.Em seguida, Débora comemorou o ato diante da multidão. A manicure reside em Paulínea, interior de São Paulo, e teve a concessão da prisão domiciliar no dia 28 de março deste ano. A pena à qual a manicure foi condenada é de 14 anos.