Em coletiva nesta segunda-feira (16), a diretora do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), Ivalda Aleixo, afirmou que “tudo indica” que o empresário Amarilio dos Santos Júnior, de 36 anos, que foi encontrado morto no Autódromo de Interlagos, não chegou até o veículo em que estava.Segundo ela, a investigação aguarda o resultado de um laudo pericial que deve determinar sobre a origem do sangue encontrado no carro de Adalberto, como ao lado da porta, atrás do banco do passageiro, no assoalho e no banco de trás.Exames de confronto genético foram solicitados para determinar a quem o sangue pertence.“E esse sangue então aí ou foi antes do que aconteceu, bem antes, no dia anterior (…) ou ele foi pro carro e aconteceu alguma coisa”, disse.Ainda durante a coletiva, a delegada também afirmou que “não se descarta a presença de uma, duas pessoas” que tenha envolvimento direto com a morte.Além dos laudos, a polícia também tenta averiguar câmeras de segurança que registraram os momentos antes e depois que ele estava no local, onde ele pode ter sido abordado.Sangue é encontrado em carro de empresário achado morto no Autódromo de SP | AGORA CNN“Se são seguranças, vigilantes, alguém da manutenção (…) pode ter sido até alguém que estava saindo com ele”.O corpo de Adalberto foi encontrado no último dia 3 de junho em um buraco de obra, dentro da área do Autódromo.Ele havia desaparecido no dia 30 de maio, após se despedir do amigo, em um evento de motos.Depoimento de amigoEm depoimento, Rafael havia relatado que Adalberto consumiu cerca de oito copos de cerveja e maconha de desconhecidos no evento, ficando “muito nervoso, ansioso, agitado, muito eufórico”. A delegada Ivalda Aleixo, diretora do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), considerou o fato “curioso”, já que maconha e bebida são depressores.Após considerar que o depoimento do amigo da vítima — com quem esteve antes de ser encontrado morto — foi falho e inconsistente, a polícia decidiu ouvir novamente Rafael. Durante uma declaração para imprensa, a delegada afirmou que o depoimento continha “falhas e lacunas” e que ele “tem muita coisa pra contar”.Diante dessas “falhas e lacunas” no primeiro relato, Rafael prestou um novo depoimento no DHPP. Durante essa oitiva, que durou cerca de 6 horas, ele foi submetido à técnica de perfilamento criminal, que conta com profissionais como peritos, psicólogos e criminólogos, para traçar um perfil psicológico e comportamental, visando auxiliar na identificação de autores em casos sem suspeitos claros.Além de Rafael, a esposa da vítima e seguranças do evento também prestaram depoimento.