Ataques russos em Kiev deixam 14 mortos, incluindo cidadão dos EUA

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Pelo menos 14 pessoas morreram nesta terça-feira (17) em uma série de ataques aéreos russos contra Kiev, capital da Ucrânia. Entre as vítimas está um cidadão norte-americano de 62 anos, informou o prefeito da cidade, Vitali Klitschko. Este foi um dos bombardeios mais letais registrados na capital desde o início da guerra, em fevereiro de 2022.Segundo o ministro do Interior ucraniano, Igor Klimenko, os ataques atingiram 27 locais em diferentes distritos de Kiev, incluindo edifícios residenciais, escolas e infraestruturas críticas. O balanço atualizado aponta ainda 44 pessoas feridas na capital, além de seis feridos em Odessa, no sul do país.O chefe da administração militar de Kiev, Timur Tkachenko, informou que as equipes de resgate seguem nos escombros à procura de vítimas. "Drones inimigos ainda estão se aproximando da cidade por três direções. Há também ameaça de novos mísseis. Não deixem os abrigos", alertou Klitschko.Em Odessa, o governador regional Oleg Kiper afirmou que 13 pessoas foram hospitalizadas. “Pode haver pessoas presas sob os escombros”, disse.Apesar dos apelos internacionais por uma trégua, a Rússia mantém sua ofensiva. As negociações de cessar-fogo lideradas pelos Estados Unidos estão estagnadas. O governo de Donald Trump, atual presidente dos EUA, tenta mediar o conflito, mas enfrenta resistência de ambos os lados. Moscou rejeita uma trégua incondicional, enquanto Kiev e seus aliados europeus se recusam a aceitar as exigências russas, classificadas como “ultimatos”.Trump, em entrevista recente, causou polêmica ao comparar a guerra a uma briga de crianças.“É melhor deixá-los brigar”, disse o presidente norte-americano, minimizando a gravidade do conflito que já deixou dezenas de milhares de mortos e milhões de deslocados.O conflito, que já dura mais de três anos, entrou hoje no quinto dia de uma nova escalada militar entre Rússia e Ucrânia. De acordo com autoridades ucranianas, mais de 220 iranianos e 24 israelenses já morreram desde o início dessa nova onda de ataques, que também registrou centenas de feridos. A comunidade internacional observa com crescente preocupação o agravamento da crise.