O senado francês aprovou na última terça-feira (10/6) um projeto de lei que, se implementado, trará dificuldades para o fast-fashion no país. Apesar de abordar questões como sustentabilidade e consumismo, a iniciativa se mostra branda com varejistas europeias e rígido com chinesas.Vem entender os detalhes!Shein e Temu serão as principais empresas impactadasFrança inicia combate ao fast-fashionProtocolado pela deputada Anne-Cécilie Violland, o projeto de lei defende que as empresas promovem o consumismo excessivo e representam um risco ao meio ambiente. Após conquistar a aprovação unânime na Assembleia Nacional Francesa, o texto seguiu para o Senado, onde foi editado e, consequentemente, aprovado.A proposta evidência a distinção entre o fast-fashion clássico — que protege varejistas como Zara e H&M — e o ultra fast-fashion, remetendo a empresas como Shein e Temu. Se implementada, a lei deve proibir as plataformas chinesas de fazerem publicidade no território francês.A indústria fast-fashion é altamente poluenteSegundo o texto, a medida vem em prol da sustentabilidade e surge como um ofensiva ao consumismo exacerbado. Também foi apontado que a alta produção e baixos preços resultam numa prática desleal aos competidores do mercado têxtil francês.Caso os critérios ambientais indicados pelo Parlamento sejam descumpridos, as empresas serão penalizadas em no mínimo 10 euros por peça até 2030, podendo atingir até 50% do valor do produto.Veja outras empresas de fast-fashion na galeria:4 imagensFechar modal.1 de 4H&M, fundada na SuíçaCheng Xin/Getty Images2 de 4Primark, fundada na IrlandaJohn Keeble/Getty Images3 de 4Uniqlo, fundado no JapãoCostfoto/NurPhoto via Getty Images4 de 4Zara, fundada na EspanhaMatthias Balk/picture alliance via Getty ImagesPara as instituições ambientais francesas, a proposta legislativa apresenta lacunas e promovem o esvaziamento da pauta ambiental dentro da moda, tendo em vista que apenas o setor ultra fast-fashion seria impactado. Em resposta ao Parlamento, Quentin Ruffat, porta-voz da Shein na França, criticou o projeto, alegando que as medidas precisam ser aplicadas a todos para terem eficiência.