Bets: 73% apostaram em sites ilegais em 2025; perda de arrecadação pode chegar a R$ 10,8 bilhões por ano

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Pesquisa divulgada nesta quinta-feira (12/6) mostra que 73% dos apostadores brasileiros usaram sites ilegais em 2025. Hoje, de 41% a 51% das casas de apostas online que funcionam no Brasil não são autorizadas pelo governo.A falta de controle sobre essas plataformas pode fazer o país deixar de arrecadar até R$ 10,8 bilhões por ano em impostos.O levantamento foi realizado pelo Instituto Locomotiva, a pedido do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR) e da LCA Consultoria, entre abril e maio, com 2 mil pessoas em todas as regiões do país.A principal explicação para esse número alto está na dificuldade dos apostadores em identificar se uma plataforma é ou não autorizada pelo governo. Segundo o estudo, 78% dos entrevistados relataram não saber diferenciar sites legais dos ilegais.A pesquisa também mostrou que os sites ilegais burlam exigências básicas:62% dos usuários apostaram sem passar por reconhecimento facial, que é obrigatório nas plataformas legalizadas;44% usaram cartão de crédito, o que é proibido por lei;28% usaram criptomoedas, outro método vetado.A divulgação dos dados ocorre poucos dias após o governo federal elevar de 12% para 18% a alíquota de imposto sobre as apostas legalizadas, em uma tentativa de reforçar a arrecadação. O setor, porém, critica a medida e a considera exagerada, já que, somada a outros tributos, a carga pode chegar a 50%.Legalizadas em 2018, as apostas online só passaram a ser regulamentadas em 2025. Desde então, mais de 11 mil domínios ilegais já foram desativados. Ainda assim, a presença dos sites fora da lei continua forte, especialmente entre pessoas com menor escolaridade e renda, que ficam mais vulneráveis à propaganda enganosa e sem acesso aos mecanismos de proteção das plataformas autorizadas.Para ajudar os consumidores, a Secretaria de Prêmios e Apostas recomenda escolher sites com final “.bet.br” e que exijam reconhecimento facial no cadastro. Plataformas legais também devem permitir apenas pagamentos via Pix ou débito em conta do próprio apostador e oferecer limites de tempo e perdas no jogo.Confira na íntegra o estudo:Pesquisa-Instituto-Locomotiva_Incidencia-de-Apostas-Ilegais-no-Brasil-2025_divulgacao-10.06.2025BaixarLeia Mais:Amazônia Legal pode gerar até US$ 21 bilhões com crédito de carbono‘Somos admiradores do regime chinês’, diz Gilmar Mendes em julgamento sobre redes sociaisEntenda o que muda com nova MP de impostos e como isso pode impactar o seu bolso