Por que políticos de Brasília estão de olho no mercado cripto?

Wait 5 sec.

O mercado cripto entrou de vez no radar político. Andando pelos corredores do Congresso, em reuniões e bastidores da política aqui em Brasília, uma coisa é unânime entre os deputados e senadores que começam a se interessar pelo mercado cripto: os olhos brilham com os dados do setor.Claro, o que chama atenção é a movimentação financeira. Mas não é só isso. O que realmente mexe com a cabeça dos políticos é o poder político que esse mercado passou a representar.Voto e dinheiro: a fórmula do poder políticoA política é movida por dois fatores básicos: voto e dinheiro. E o dinheiro serve para manter o voto, que garante o poder político.O mercado cripto tem os dois. Mas o que o tornou relevante de verdade foi a capacidade de gerar votos. A comunidade cripto se organizou, cresceu e hoje pode influenciar ou até definir o resultado de uma eleição.17,5% da população já investe em criptoativosUm dado recente da consultoria Triple-A mostra que o Brasil ocupa atualmente a sexta posição no ranking global de adoção de criptoativos.Cerca de 17,5% da população brasileira já possui algum tipo de cripto em carteira, seja stablecoin ou altcoin.25 milhões brasileiros investem em criptoPesquisa da Datafolha mostra dados sobre o mercado de criptomoedas no Brasil. Fonte: Datafolha/Reprodução.Esse número representa um universo eleitoral gigantesco, muito maior do que o número de investidores da Bolsa de Valores no país. O levantamento foi realizado entre os dias 2 e 17 de outubro de 2024, com pessoas de 25 a 45 anos que possuem algum tipo de investimento.O exemplo dos Estados Unidos: Trump e os votos criptoNos Estados Unidos, o atual presidente Donald Trump teve que incluir o mercado cripto em seus discursos e pautas.Isso refletiu diretamente nas pesquisas eleitorais. Após declarações favoráveis aos ativos digitais, foi possível notar um avanço significativo na sua intenção de voto.crypto votes trumpNo Brasil, o discurso pró-Bitcoin já ganha forçaO cenário brasileiro começa a seguir pelo mesmo caminho. O discurso pró-Bitcoin já vem sendo adotado por alguns parlamentares que querem levantar essa bandeira. O objetivo é conquistar votos e atrair doadores de campanha interessados no avanço do setor.Mas há um obstáculo no caminho: o governo LulaMuitos desses parlamentares querem se tornar os pais do mercado cripto no Congresso. No entanto, há um obstáculo considerável: o governo Lula.O Brasil vive uma disputa de poder. O Congresso não caminha alinhado com o Executivo. O ex-presidente da Câmara, Arthur Lira, pressionou o governo em diversas pautas.Já o atual presidente da Casa, embora mais próximo do governo, tem priorizado a defesa dos interesses da Câmara quando a situação aperta.O desafio da taxação e a ausência de bancada criptoO mercado cripto virou alvo da atual gestão. A nova Medida Provisória prevê uma taxação de 17,5%, o que gerou forte reação nos bastidores. O problema é que ainda não existe uma bancada organizada no Congresso que defenda esse setor de forma estruturada.Os poucos deputados que levantam essa pauta atuam de forma isolada, em busca de protagonismo.Bancos tradicionais ainda influenciam o jogo políticoAlém da falta de uma bancada forte, existe outro desafio: o poder de influência dos bancos tradicionais. Eles ainda têm um peso significativo nas decisões do Congresso, e historicamente não têm interesse na popularização do mercado cripto.As exchanges começam a se organizar politicamenteNos bastidores, comenta-se que as exchanges começaram a se organizar politicamente para disputar espaço e influência, assim como os grandes bancos sempre fizeram.O início de uma disputa por influência, dinheiro e votoO cenário está apenas começando a se desenhar. A disputa por influência, dinheiro e voto no mercado cripto está oficialmente aberta em Brasília. E quem entender isso primeiro, vai sair na frente.Que comece a disputa por influência, dinheiro e voto.Fonte: Por que políticos de Brasília estão de olho no mercado cripto?Veja mais notícias sobre Bitcoin. Siga o Livecoins no Facebook, Twitter, Instagram e YouTube.