Novo estudo revela como o Alzheimer começa no cérebro

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Um estudo inédito mapeou em detalhe os eventos moleculares iniciais que levam à formação das placas de beta-amiloide associadas à doença de Alzheimer, oferecendo um novo alvo para tratamento.Publicado revista Science Advances, a pesquisa foi conduzida por cientistas do Instituto Wellcome Sanger, do Centro de Regulação Genômica (CRG) e do Instituto de Bioengenharia da Catalunha (IBEC).Eles analisaram mais de 140 mil variações do peptídeo Aβ42, conhecido por formar agregados tóxicos no cérebro de pacientes com Alzheimer.Pesquisa inédita mostra como impedir a formação das placas tóxicas que danificam o cérebro – Imagem: Atthapon Raksthaput/ShutterstockDetalhes do estudoUsando técnicas de genômica em larga escala, células de levedura modificadas e modelos de aprendizado de máquina, os pesquisadores identificaram quais mutações aceleram a formação das chamadas fibrilas amiloides.Essas estruturas são a base das placas características da doença.A pesquisa revelou que a agregação da Aβ42 começa na extremidade C-terminal da molécula, uma região hidrofóbica crítica.Bloquear essa área pode impedir o início do processo patológico, abrindo caminho para novas terapias preventivas.Leia maisComo funciona o Kisunla, novo tratamento para Alzheimer?SUS amplia arsenal contra Alzheimer com novo medicamento para quadros gravesNova era de medicamentos vai revolucionar combate ao AlzheimerPesquisadores descobriram o ponto de partida do Alzheimer (Imagem: Naeblys/Shutterstock)Futuro promissor para novos tratamentosEste é o primeiro mapa molecular detalhado das transições de alta energia da proteína beta-amiloide — etapas até então difíceis de estudar — e pode ser aplicado a outras doenças neurodegenerativas no futuro.“A abordagem que utilizamos neste estudo abre caminho para revelar as estruturas de outros estados de transição proteicos, incluindo aqueles implicados em outras doenças neurodegenerativas”, disse o professor Ben Lehner, coautor sênior do estudo.“A escala em que analisamos os peptídeos amiloides foi sem precedentes – é algo inédito e demonstramos que se trata de um novo método poderoso a ser desenvolvido. Esperamos que isso nos aproxime um pouco mais do desenvolvimento de tratamentos contra a doença de Alzheimer e outras condições neurodegenerativas”, concluiu Lehner.Descoberta do “gatilho” do Alzheimer oferece nova esperança de tratamento – Imagem: Shutterstock/NaeblysO post Novo estudo revela como o Alzheimer começa no cérebro apareceu primeiro em Olhar Digital.