Durante sessão plenária na Câmara dos Deputados na noite desta quarta-feira (11), parlamentares protagonizaram uma intensa discussão, apontando os dedos e gritando uns com os outros.Foram cerca de cinco minutos de ânimos intensos com muitos gritos e ofensas em meio a uma confusão generalizada no plenário da Casa, com quase todos os parlamentares em pé no corredor central. Leia Mais Oposição acusa STF de atropelo ao Congresso em caso das big techs Governo e oposição repercutem bate-boca na Câmara envolvendo Haddad Análise: Congresso tenta “obrigar” governo a cortar gastos de olho em 2026 Em meio às discussões, o 1º vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ), que presidia a sessão no momento, tentava controlar a situação pedindo respeito aos deputados.“Deputada, eu nunca gritei com a senhora. A senhora não vai gritar comigo“, disse Cortês a uma parlamentar que participava da confusão. Não foi possível identificar quem era a deputada mencionada.ConfusãoA confusão começou quando deputados do PL subiram na tribuna e criticaram o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O deputado Ivan Valente (Psol-SP) pediu a palavra e afirmou que as críticas às medidas econômicas do governo são uma “cortina de fumaça” para desviar a atenção do processo que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado e tramita no Supremo Tribunal Federal, tendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como principal réu.Momentos depois, com a palavra, o deputado José Medeiros (PL-MT)) criticou Ivan Valente sem citá-lo diretamente. Afirmou que “a idade não melhora as pessoas” e que há pessoas que estão no parlamento há muito tempo, mas continuam pequenas.“É muito valente no nome, mas não produz nada”, disse Medeiros."Moleque é você": Haddad e oposição trocam acusações em comissão da Câmara | BASTIDORES CNNDiante da menção, Ivan Valente pediu direito de resposta. O presidente da sessão, Altineu Côrtes, não concedeu o pedido, afirmando que Valente não tinha sido citado.Côrtes seguiu, então, com a votação de um requerimento. Ao pegar a palavra para votar, porém, deputados de esquerda usavam o tempo de fala para reivindicar o direito de resposta de Valente.Com isso, parlamentares começaram uma confusão generalizada. Alguns chegaram a pedir o encerramento da sessão, que não foi concedido pelo vice-presidente.Após ler as notas taquigráficas da sessão, Côrtes deu o direito de resposta a Valente, que afirmou que a Câmara se tornou um ambiente de intolerância e ódio. Depois disso, os deputados seguiram com a votação da pauta do dia.