O mercado de programas de fidelidade, que incluem pontos, milhas ou outros benefícios, têm ganhado espaço no Brasil.Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas do Mercado de Fidelização (ABEMF), as empresas de fidelidade ligadas à entidade — entre elas a Azul, Latam Pass e Smiles — registraram faturamento de R$ 21,9 bilhões em 2024.Esse número representa um recorde anual, com um crescimento de 17,6% em relação ao ano anterior. Leia Mais Boeing soma 220 entregas entre janeiro e maio, alta de 70% ante 2024 Aéreas pedem ajustes na reforma tributária em pontos que violariam tratados Franquias crescem 8,9% no 1º tri, com destaque para beleza, saúde e turismo A quantidade de cadastros neste tipo de programa também subiu. São 332,2 milhões de inscrições realizadas no último ano, aumento de 6,3% em comparação com 2023.Para Tatianna Oliva, CEO da Cross Networking, que atua na construção de projetos de loyalty para grandes marcas, a alta dos números é reflexo da evolução do mercado e uma busca do consumidor por uma relação de valor com as marcas.“Hoje, fidelização vai muito além de acumular pontos. Trata-se de conexão emocional, experiência personalizada e uma proposta de valor clara”, disse Oliva.A CEO ainda aponta os benefícios das empresas em investir em programas de fidelização.“Além da conhecida redução de custo de aquisição, a fidelização permite que as empresas extraiam dados mais profundos sobre seus clientes, identifiquem padrões de comportamento e criem ofertas mais assertivas”.Segundo ela, clientes fiéis compram mais, indicam e são mais receptivos a inovações.De acordo com a ABEMF, o setor ainda registrou expansão em outros fatores, como os benefícios acumulados, que totalizaram 920,6 bilhões de pontos e milhas emitidos ao longo do ano — número 16,5% maior do que no ano anterior.Já os resgates por produtos e serviços tiveram alta de 18,3% na comparação anual, chegando ao patamar dos 803,5 bilhões de pontos.As passagens aéreas lideram esses regates, representando 76,5% do saldo total trocado pelos brasileiros em 2024, enquanto os outros 23,5% foram revertidos em produtos e serviços.Em nota, o presidente da ABEMF, Martin Holdschmidt, disse que o setor tem atraído cada vez mais consumidores e está chamando a atenção de empresas para o poder das ações de relacionamento e retenção de clientes.Brasil lidera vendas de veículos elétricos na América Latina