Dólar cai e fecha abaixo de R$ 5,50 pela 1ª vez desde outubro

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O dólar iniciou a semana em queda com dados melhores de atividade econômica brasileira que o esperado e expectativa de alívio nas tensões entre Israel e Irã. A Super Quarta, o chamado dia de decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos, também ficou no radar.Nesta segunda-feira (16), o dólar à vista (USDBRL) encerrou as negociações a R$ 5,4861, com recuo de 1,00% ante o real, no menor nível desde 7 de outubro de 2024.  new TradingView.MediumWidget( { "customer": "moneytimescombr", "symbols": [ [ "USDBRL", "USDBRL" ] ], "chartOnly": false, "width": "100%", "height": "300", "locale": "br", "colorTheme": "light", "autosize": false, "showVolume": false, "hideDateRanges": false, "hideMarketStatus": false, "hideSymbolLogo": false, "scalePosition": "right", "scaleMode": "Normal", "fontFamily": "-apple-system, BlinkMacSystemFont, Trebuchet MS, Roboto, Ubuntu, sans-serif", "fontSize": "10", "noTimeScale": false, "valuesTracking": "1", "changeMode": "price-and-percent", "chartType": "line", "container_id": "b33261d"} ); O movimento acompanhou a tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, operava estável no nível dos 98 pontos.LEIA MAIS: Comunidade de investidores Money Times reúne tudo o que você precisa saber sobre o mercado; cadastre-seO que mexeu com o dólar hoje?O dólar, assim como os ativos como ouro e títulos do Tesouro norte-americano, realizou partes dos ganhos recentes nesta segunda-feira (16) com expectativas de alívio no conflito entre Israel e Irã.Pela manhã, o Irã propôs o fim das  hostilidades e a retomada das negociações sobre seu programa nuclear, enviando mensagens a Israel e aos Estados Unidos por meio de intermediários árabes.Teerã também pediu ao Catar, Arábia Saudita e Omã que pressionassem o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a usar sua influência sobre Israel para concordar com um cessar-fogo imediato, de acordo com a agência de notícias Reuters.Já no final da tarde, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o Irã “não quer sentar à mesa de negociações. Eles querem explodir a mesa”. Netanyahu rejeitou a possibilidade de diálogo com Teerã, em entrevista à ABC News.Em resposta, o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, disse que o país não quer intensificar o conflito com Israel, mas prometeu responder a qualquer “agressão” israelense.Os investidores também reagiram a dados mais fracos do que o esperado. O índice de atividade industrial Empire State, que mede as condições da manufatura no Estado de Nova York, caiu para -16, ante -9,2 em maio, segundo pesquisa divulgada pela unidade do Federal Reserve (Fed) de Nova York.O dado foi divulgado às vésperas da reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed. Os contratos futuros estão precificando uma probabilidade de 100% de o Banco Central norte-americano manter as taxas inalteradas, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group. Os juros dos EUA estão na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano.A decisão será acompanhada da atualização das projeções do Fed para os indicadores macroeconômicos, com a divulgação do gráfico de pontos (dot plot).Dólar cai ante realNo cenário doméstico, o real ganhou força a despeito da valorização das commodities. O petróleo Brent, por exemplo, caiu mais de 1% com alívio nas tensões no Oriente Médio.Por aqui, os investidores concentraram as atenções em Brasília com a possível derrubada do decreto de aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e a medida provisória (MP) divulgada pelo governo nesta semana.O governo tenta articular um acordo para evitar a revogação do decreto pelos deputados e permitir a votação da MP com elevação de outros tributos.Segundo fontes ao Broadcast, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) se reuniu com a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann; o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); e o líder do PT na Câmara, Lindbergh Faria (RJ), na residência oficial da presidência da Câmara. O chefe da Casa Civil, Rui Costa, também estaria presente.Os dados econômicos também movimentaram a sessão. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou alta de 0,2% em abril. No acumulado de 12 meses, a prévia do Produto Interno Bruto (PIB) subiu 4,0%. O dado veio acima das projeções do mercado.De olho na decisão do  Comitê de Política Monetária (Copom) nesta semana, os economistas ouvidos pelo Banco Central mantiveram as projeções para a Selic em 14,75% ao final de 2025, segundo o Boletim Focus.Mas na tarde desta segunda-feira (16), a curva de juros brasileira precificava cerca de 60% de chance de elevação de 0,25 ponto percentual  da Selic na próxima quarta-feira (18), contra 40% de probabilidade de manutenção, conforme cálculo do BMG. Atualmente a Selic está em 14,75% ao ano.Os percentuais na curva também estão próximos do precificado no contrato de Opções de Copom da B3, que tem o aumento da Selic para 15% como aposta majoritária. O dado tem como referência as probabilidades da última sexta-feira (13), a atualização mais recente.