O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que o Google informe, em até 48 horas a partir desta terça-feira (17), a origem da chamada “minuta do golpe” publicada na internet.A decisão atende a um pedido da defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública no governo de Jair Bolsonaro e réu no chamado “núcleo crucial” da suposta tentativa de golpe que culminou nos atos de 8 de janeiro.Leia mais: Ministros do STF votam a favor de responsabilizar redes sociais por postagens de usuáriosOs advogados de Torres terão cinco dias para apresentar exames periciais que comprovem eventuais diferenças entre o documento encontrado na casa do ex-ministro e outras versões da minuta que circulam na internet. A alegação da defesa é que é necessário verificar se o arquivo apreendido é o mesmo veiculado online.A defesa de Torres alega ser necessária uma perícia para constatar se a minuta encontrada com Torres era a mesma que circulava na internet. (Fonte: GettyImages)A solicitação de Moraes integra o conjunto de diligências complementares concedidas aos réus do núcleo central da trama golpista, cujo prazo foi encerrado na segunda-feira (16).“É evidente que, se os órgãos de persecução penal continuam tolerando a circulação da minuta na internet até hoje, é porque reconhecem que ela não tem qualquer valor jurídico”, afirmaram os advogados de Torres no pedido enviado ao ministro.Defesa de Torres pede por análise de conteúdoAlém da análise do documento, a defesa de Torres requisitou uma perícia audiovisual para confrontar trechos do relatório da Polícia Federal com a participação do ex-ministro em uma live realizada em 29 de julho de 2021.Confira: Custo de quase R$ 780 milhões: STF volta a discutir responsabilização das redes sociaisQuer acompanhar os desdobramentos das investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro? Siga o TecMundo nas redes sociais e fique por dentro das atualizações mais recentes.