Sabem se virar e buscar o próprio sustento

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Resiliente, inventivo, destemido, persistente, sonhador, lutador, disposto, em resumo, é um virador. Os empreendedores são viradores profissionais. E, na linha de frente, estão os microempreendedores individuais (MEI) — aqueles que nunca desistem, que acordam de manhã e sabem correr atrás do próprio sustento. O empreendedor é entregador, boleira, costureira, cabeleireira, é influenciador digital. São profissionais que fazem do talento o próprio sustento de vida. Essa tendência se intensificou nos últimos anos.São pessoas que não renunciam à própria autonomia, à liberdade de fazer o próprio horário. E, o mais importante: acreditam no que fazem e buscam, no trabalho, o propósito de vida, indo atrás da própria felicidade. Esses são os brasileiros e brasileiras que sabem se virar.O empreendedorismo, quando tem como pano de fundo os pequenos negócios (microempreendedores individuais, micro e pequenas empresas), exige que o profissional faça um pouco de tudo. Em muitos casos, empreender é ser tudo em um só.Esse perfil é a rotina dos microempreendedores individuais. São eles, em especial, que vêm construindo o novo trabalhador brasileiro — com mais autonomia e dono do próprio negócio. Já nos três primeiros meses deste ano, o número surpreende: foram quase um milhão e meio de CNPJs abertos até março, com destaque para os microempreendedores individuais, que responderam por 78% desse total. O volume de MEI registrados no país cresceu 35% em comparação com o mesmo período de 2024.A implementação da figura do Microempreendedor Individual permitiu que milhões de pessoas que faziam do empreendedorismo uma alternativa para complementar a renda, ou mesmo como sua principal ocupação, pudessem se beneficiar de uma série de direitos que antes lhes eram vedados: registro de um CNPJ, possibilidade de emitir nota fiscal, vender para o poder público, ter acesso a produtos e serviços bancários, além de direitos e benefícios previdenciários.Em síntese, o MEI representou, para esse público, a conquista da cidadania como empreendedor — um passaporte para milhões de donos de pequenos negócios informais saírem do mundo da precariedade, do risco, da constante ameaça de verem seus sonhos transformados em pesadelo.Mas os benefícios do MEI não param por aí. Levantamentos feitos pelo Sebrae mostram que a atuação dos microempreendedores individuais é responsável pela movimentação de bilhões de reais por ano no país. O efeito da formalização desses empreendedores gira entre R$ 19,81 bilhões e R$ 69,56 bilhões por ano. Esse incremento é estimulado pelo aumento de renda que os donos de pequenos negócios obtêm ao se formalizarem. Ao conquistarem um CNPJ, eles aumentam sua renda entre 7% e 25%.À medida que o empreendedor se formaliza, ele interage, inclusive globalmente, para alcançar escala no seu negócio, garantir longevidade e aumentar sua própria renda. Nesta oportunidade em que celebramos as conquistas alcançadas com essa importante política pública, precisamos avaliar novas iniciativas que devem ser implementadas para permitir que os MEI enfrentem os desafios que surgiram ao longo desses anos.Esse ambiente vem sendo construído ao longo dos anos. As gestões do presidente Lula trouxeram a criação da figura jurídica do microempreendedor individual, a consolidação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, a simplificação e um ambiente de negócios mais maduro, que tem servido de exemplo para vários outros países. O Brasil já avançou muito ao longo dos últimos 16 anos, desde a criação do MEI, e continuará evoluindo e aprimorando essa importante política pública — que é o caminho escolhido por milhões de brasileiros e brasileiras para transformar o sonho de serem donos do próprio negócio em realidade.