SNME11 foca em diversificação para manter performance acima do IFIX

Wait 5 sec.

Fundos imobiliários. Foto: iStockCom uma estratégia cada vez mais diversificada, o fundo SNME11, da Suno Asset, vem acumulando resultados consistentes em relação ao seu benchmark. Segundo Gerardo Azevedo, analista da gestora, o fundo já soma um alfa de quase 14% frente ao IFIX desde sua estreia — resultado que reflete a flexibilidade para aproveitar oportunidades em diferentes segmentos.Durante live transmitida no canal da Suno Asset, Azevedo explicou que o SNME11 encerrou o mês de abril com um lucro acumulado de aproximadamente R$ 0,04 por cota e uma cota patrimonial de R$ 9,53, mantendo a cotação de mercado próxima ao valor patrimonial. No mês de abril, a distribuição foi de R$ 0,08 por cota, o que representou um dividend yield de 1,3%.“Finalizamos abril com um alfa de quase 14% em relação ao IFIX desde o início do fundo. É reflexo da composição da carteira, pensada para ser diversificada e eficiente no equilíbrio entre risco e retorno”, afirmou o analista. O yield médio all-in da carteira ficou em 16,87%, praticamente estável frente ao mês anterior.Resultado do SNME11 no mercado secundárioNo mercado secundário, o SNME11 também apresentou desempenho positivo, com valorização de cerca de 3% em abril. Considerando a distribuição de dividendos, o retorno total no mês foi de 4%. O volume médio diário negociado ficou em torno de R$ 33 mil.Já o retorno patrimonial — que considera a valorização da cota somada aos rendimentos — foi de 2,27% no mês, superando o desempenho do benchmark (IPCA + IMA-B), que subiu 1,36%. “Esse resultado reflete o bom desempenho das alocações em renda variável, especialmente em FIIs que estavam bastante descontados no final de 2024 e início de 2025. O fundo conseguiu capturar a recuperação desses ativos”, explicou Azevedo.Menos CRIs, mais FIIs e açõesA atual composição da carteira reflete uma mudança importante em relação à proposta original do fundo. “De fato, o SNME nasceu como um fundo 100% alocado em CRIs, mas o cenário mudou”, comentou Azevedo. Hoje, cerca de 35% da carteira está investida em fundos imobiliários, entre 2% e 3% em ações, e menos de 60% segue alocada em crédito.Segundo o analista, essa mudança visa adaptar a carteira às condições de mercado, mantendo a estratégia diversificada e aproveitando ativos com maior potencial de valorização. “Estamos reduzindo posições em fundos que já se valorizaram bem e realocando em ativos com maior upside no cenário atual”, disse.Para os próximos meses, a gestora planeja continuar realizando ajustes na carteira, especialmente com foco em liquidez e rotação de posições. A ideia é gerar recursos a partir de ativos que já atingiram o valor justo — considerando o patamar atual de juros — para reinvestir em oportunidades ainda descontadas.“Ainda há bons ativos negociando com desconto. Estamos atentos para capturar esses momentos e manter a consistência da performance do fundo”, afirmou Azevedo.