O Partido da Liberdade (PVV), de ultradireita, da Holanda, está deixando o governo devido à sua política para requerentes de asilo, declarou o líder, Geert Wilders, nesta terça-feira (3), derrubando a coalizão governista.“Eu me inscrevi para a política de asilo mais rigorosa, não para a queda da Holanda”, disse Wilders a repórteres na manhã desta terça-feira. “E nossa responsabilidade por este gabinete, portanto, termina aqui”.O colapso da coalizão governista, a mais direitista da história holandesa, significa que o país provavelmente enfrentará novas eleições nos próximos meses. Suspeito de ataque com facas em Amsterdã é ucraniano, diz polícia Promotor do TPI renuncia enquanto é investigado por má conduta sexual Holandesa é condenada por escravizar mulher da minoria Yazidi na Síria O PVV de Wilders foi o vencedor claro das eleições de novembro de 2023. Mas um acordo de coalizão firmado após meses de negociações determinou que, embora seu partido se juntasse ao governo, ele permaneceria à margem, no parlamento.O primeiro-ministro do país, Dick Schoof, que entrou em conflito com Wilders por questões políticas, ainda não se pronunciou sobre a retirada do apoio do partido.Wilders tem um longo histórico de retórica anti-islâmica e anti-imigrante.Ele foi condenado por discriminação após insultar imigrantes marroquinos em um comício de campanha em 2014, e seu partido pede “nada de escolas islâmicas, alcorões e mesquitas”.O líder de ultradireita realizou uma rara coletiva de imprensa formal na semana passada para apresentar ao governo um ultimato para o endurecimento da política de asilo do país — apesar de o ministro do Asilo e Migração ser membro do seu próprio partido.“O PVV prometeu aos eleitores a política de asilo mais rigorosa de sempre, com o objetivo de torná-la a mais rigorosa de toda a Europa”, afirmou Wilders nesta terça-feira (3). “Propusemos um plano para fechar as fronteiras aos requerentes de asilo, para os deter, para os expulsar. Parar de construir centros de acolhimento para requerentes de asilo, para os fechar.”