Alesp terá teste de segurança após ameaças de morte contra deputadas

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A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) vai fazer um teste de segurança após as deputadas estaduais de São Paulo serem  alvo de ameaçadas em um e-mail enviado no último sábado (31/5). A ação será uma espécie de simulado que vai “testar os protocolos da casa em situações de limite na falta de segurança”.A medida foi tomada após uma coletiva de imprensa, realizada nesta terça-feira (3/6), com a presença de parlamentares, do presidente da Casa, André do Prado (PL), integrantes das polícias Civil e Militar (PM) que atuam na Alesp, além e o delegado responsável pela investigação do ocorrido. O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) também apura o caso. Leia também São Paulo Polícia investiga ameaça coletiva de estupro contra deputadas de SP São Paulo Deputadas de SP reagem a ameaça de estupro: “Não seremos silenciadas” São Paulo Adolescente que envenenou bolo fala à polícia: “Muito arrependida” São Paulo Adolescente diz que enviou bolo envenenado a colega para “dar susto” “O delegado informou o andamento da investigação. Ele nos garantiu que vai achar e responsabilizar quem de fato fez essas ameaças. A gente discutiu medidas para que as deputadas se sintam mais seguras no trabalho”, disse ao Metrópoles a deputada Andréa Werner (PSB).Além do teste para identificar as vulnerabilidades na segurança do parlamento, foram discutidas ações para melhorar o protocolo de entrada das pessoas à Alesp. Em alguns momentos, de forma até individualizada, com pedidos de reforço na segurança e uso de carro blindado em situações previstas no regimento, por exemplo.InvestigaçãoA Polícia Civil investiga um homem de 28 anos suspeito de ter enviado o e-mail com as ameaças às parlamentares.Ele teve o celular e o computador apreendidos durante uma operação deflagrada na última segunda-feira (2/6). O homem negou o crime.O envio foi destinado às 24 deputadas da Alesp. Além das ameaças de estupro e termos muito fortes, o remetente também usou mensagens de cunho racista e capacitista.Deputadas de todos os campos políticos publicaram uma nota conjunta intitulada “não seremos silenciadas”.No comunicado, elas dizem que “casos de violência política como esse, organizados por grupos na internet, têm sido cada vez mais comuns”.“Fui uma das pessoas citadas nominalmente no e-mail, então, foi algo que me abalou muito. É o meu primeiro mandato. Me preocupo com a minha família. É óbvio que a gente se preocupa, ainda mais quando tem filho. E o carro blindado não protege 100% do tempo, porque em algum momento você vai sair dele. Faço muitas palestras, muitas visitas a entidades, estou sempre em cidades diferentes, então isso me preocupa. Não posso dizer que estou tranquila só porque foi feito um boletim e está sendo investigado: só vou estar tranquila quando essa pessoa for identificada de fato, presa, processada”, complementou a deputada Andréa Werner.