O youtuber brasileiro Geo Pasch divulgou, nesta quarta-feira (4/6), na rede social X (antigo Twitter), a localização exata da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) nos Estados Unidos. A identificação do local foi feita com base em um vídeo publicado pela própria parlamentar na terça-feira (3/6), e conforme a metodologia GeoGuessr.A postagem de Geo Pasch foi feita pouco depois de o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar a prisão preventiva de Zambelli, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).Na publicação, Pasch escreveu: “Coordenadas para a polícia prender ela [Zambelli] em flagrante”, junto com os dados geográficos que apontavam a exata localização da parlamentar.Veja post:A reportagem confirmou a informação analisando e comparando os prédios visíveis ao fundo do vídeo de Zambelli com imagens do local disponíveis no Google Maps.Com base nas imagens da live de Zambelli, o youtuber pôde identificar que ela estava em frente a uma farmácia na Galt Ocean Drive, em Fort Lauderdale, na Flórida. A área é conhecida por seus condomínios residenciais e fica próxima à North Ocean Boulevard, via que corta parte da orla da cidade, localizada na região metropolitana de Miami.2 imagensFechar modal.1 de 2Reprodução2 de 2Google MapsTécnica GeoGuessrGeo Pasch, nome artístico de João Paschoal, ficou conhecido na internet por vídeos em que utiliza a técnica do jogo Geoguessr, no qual os jogadores são deixados em algum lugar do mundo através de imagens capturadas pelo Google Street View e possuem a missão de encontrar pistas para adivinhar sua localização no mapa.Com mais de 17 milhões de visualizações no YouTube e cerca de 300 mil seguidores no TikTok, ele mantém uma postura discreta e raramente se apresenta pelo nome verdadeiro, apesar da popularidade nas redes. Leia também Brasil Condenada, Zambelli deixou o Brasil pela fronteira com a Argentina Igor Gadelha Zambelli avisa líder do PL que viajará dos EUA para Itália nesta terça Brasil Moraes pede inclusão de Zambelli em lista vermelha da Interpol Igor Gadelha Zambelli disse que se baseará na Europa, mas está nos EUA Zambelli deixa o BrasilSegundo apurou o Metrópoles, Carla Zambelli saiu do Brasil no dia 25 de maio, poucos dias após ser condenada pela Suprema Corte. A travessia ocorreu por via terrestre, pela fronteira com a Argentina, na região de Foz do Iguaçu (PR).Zambelli seguiu de carro até Buenos Aires e, de lá, embarcou para um destino fora da América do Sul. Como a passagem entre Brasil e Argentina nessa região não exige controle migratório formal, a saída da parlamentar não foi registrada pela Polícia Federal.A parlamentar confirmou estar na Flórida, mas não revelou o endereço em que se encontrava. A gravação em questão circulou entre apoiadores da deputada nas redes sociais e traz a parlamentar comentando a ação da PGR, que ela classificou como “inconstitucional”.4 imagensFechar modal.1 de 4A deputada federal Carla Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão pelo STFVINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto2 de 4A deputada federal Carla Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão pelo STFRafaela Felicciano/Metrópoles3 de 4A deputada federal Carla Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão pelo STFVINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto4 de 4A deputada federal Carla Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão pelo STFVINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.fotoPrisão decretadaA decisão de Alexandre de Moraes, oficializada nesta quarta-feira (4/6), ocorre após a condenação da deputada pelo STF a dez anos e oito meses de prisão e perda do mandato. A parlamentar foi considerada culpada por envolvimento no ataque aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), junto com o hacker Walter Delgatti. Com a condenação, ela também se tornou inelegível por oito anos. Ainda cabe recurso.Após a divulgação do pedido de prisão, Zambelli anunciou que vai se licenciar do mandato e seguir para a Itália, onde ela diz ter cidadania. Ela alegou estar sendo perseguida pela Justiça brasileira e afirmou que, uma vez fora do país, iniciará uma campanha internacional contra o STF, em moldes semelhantes aos promovidos por outros políticos bolsonaristas, como o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).