Vereadores do PSol na Câmara Municipal de São Paulo afirmam que vão dormir nesta sexta-feira (4/7) junto com famílias despejadas de uma ocupação localizada embaixo do viaduto Nove de Julho, na região central.De acordo com a bancada, a ação tem como objetivo pressionar a prefeitura por uma solução de moradia, em meio à onda de frio, para cerca de 25 famílias alvo de um despejo após um incêndio ocorrido na ocupação na última segunda-feira (30/6). Leia também São Paulo Frio em SP: mínimas ficam próximas aos 11ºC no fim de semana São Paulo Idosos são resgatados em estado vulnerável de abrigo clandestino em SP São Paulo Câmara de SP concede férias a servidor que agrediu procurador-geral São Paulo Mototáxi deve perder força na Câmara de SP após PL aprovado na Alesp Após serem impedidas de voltar ao local pela Defesa Civil, as famílias permanecem em frente ao viaduto.“O que o município tem oferecido até agora não é suficiente para que essas famílias permaneçam na região central, onde construíram suas redes de apoio e laços sociais ao longo de anos”, afirma o partido em nota.Os vereadores pedem a realização de um novo laudo da Defesa Civil, em conjunto com a Subprefeitura, para identificar os riscos, “que são pontuais, e não estruturais, e permita que as famílias retornem com segurança para suas casas”, diz a bancada.“A bancada do PSOL destaca que a omissão do poder público em assegurar uma solução adequada para essas pessoas é uma violação de direitos humanos e cobra da gestão Ricardo Nunes uma solução imediata”, afirma a legenda.O que diz a Prefeitura de SPEm nota, a Prefeitura de São Paulo afirmou que o local foi interditado por representar risco e, após o despejo, foi ofertado encaminhamento de 26 famílias para um hotel social, situado na Penha, na zona leste, mas o grupo recusou.A gestão municipal ainda informou que também foi oferecido transporte para levar e buscar os adultos até o local de trabalho e as crianças para a escola, o que também teria sido recusado.“Além disso, foram disponibilizados cartões emergenciais no valor de R$ 1.000,00. Novamente, as famílias recusaram. Foi ainda oferecido cadastramento nos programas habitacionais do município. Nova recusa”, disse o município por meio da assessoria de imprensaA prefeitura afirma que, como medidas emergenciais em meio à onda de frio, são ofertados diariamente café da manhã, almoço e jantar e a Operação Baixas Temperaturas (OBT) foi intensificada no local, com distribuição de sopas, cobertores, chás e chocolate quente.“A Guarda Civil Metropolitana fará a preservação do local até que as famílias realizem a retirada completa dos pertences”, diz a gestão.