A morte de Juliana Marins, uma jovem brasileira durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, trouxe à tona debates importantes sobre segurança em trilhas de alta complexidade e a adequação dos protocolos de emergência adotados por parques internacionais. O episódio aconteceu no dia 21 de junho, quando Juliana sofreu uma queda enquanto percorria a trilha do vulcão, um destino procurado por aventureiros do mundo inteiro.Durante o velório de Juliana Marins nesta sexta-feira (4/7), o pai da vítima, Manoel Marins, afirmou que a morte da filha pode gerar mudanças importantes nas normas de segurança do local. Segundo ele, autoridades indonésias estariam revendo os protocolos adotados em situações de resgate.Como o pai de Juliana destacou o impacto da morte da filha? “Já estou com saudades”, diz pai de Juliana Marins no velório da jovem que morreu na IndonésiaDespedidas à Juliana Marins acontecem nesta sexta-feira (4/7) pic.twitter.com/WwRYC2CzKA— Metrópoles (@Metropoles) July 4, 2025 Manoel criticou a demora no acionamento da equipe de resgate e apontou falhas nos procedimentos do parque responsável pela trilha. “Se a Defesa Civil tivesse sido acionada imediatamente, certamente daria tempo de chegarem lá. Só que foi acionada tardiamente. Os protocolos do parque são muito ruins, muito malfeitos”, afirmou.Ele destacou ainda que o local do acidente era extremamente íngreme, o que dificultou qualquer chance de sobrevivência sem ajuda imediata. Apesar da dor, Manoel disse ter esperança de que a tragédia de sua filha sirva de alerta. Segundo ele, representantes da embaixada brasileira relataram que o governo central da Indonésia também estaria envolvido na reavaliação das diretrizes de segurança.Em conversa com a governadora de Lombok, ele afirmou: ‘Se vocês conseguirem fazer essa revisão dos protocolos e evitar que novas mortes aconteçam, eu vou sentir que a vida da Juliana, a morte da Juliana, não foi em vão, porque ela certamente evitará muitas outras’”, declarou Manoel, emocionado.Na última quarta-feira (2/7), o corpo de Juliana passou por uma nova autópsia no Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto, no Rio de Janeiro, com o objetivo de esclarecer detalhes ainda incertos sobre a causa da morte.Como a morte de Juliana Marins influenciou os protocolos de segurança?A partir do incidente, órgãos oficiais da Indonésia, incluindo a administração do parque e o governo central, anunciaram revisões nos procedimentos de resgate e atendimento a visitantes em áreas de risco. O objetivo anunciado é minimizar riscos futuros e evitar novas fatalidades em uma região que recebe turistas do mundo todo, especialmente aqueles não familiarizados com trilhas íngremes e vulcânicas como as do Monte Rinjani.As revisões protocoladas incluem:Capacitação de equipes de resgate para atuar em terrenos íngremes e de difícil acesso;Monitoramento em tempo real do percurso dos visitantes, incluindo mecanismos de notificação automática em caso de acidente;Integração dos canais de comunicação entre administração do parque e serviços de emergência nacionais;Reforço em campanhas educativas dirigidas a turistas e operadores de trilha.Quem foi a jovem?Juliana Marins era publicitária, formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com experiência em grandes empresas do setor de comunicação. Além da atuação profissional, Juliana também era conhecida por compartilhar vivências culturais e experiências de viagens através das redes sociais, reunindo mais de 20 mil seguidores.Com perfil dinâmico, Juliana praticava pole dance de maneira artística, mostrando versatilidade em suas atividades e incentivando pessoas a buscarem diferentes formas de expressão. Sua morte, amplamente divulgada no Brasil e no exterior, gerou mobilização não apenas no debate sobre roteiros turísticos de risco, mas também sobre a necessidade de proteção de turistas brasileiros em aventuras internacionais.Juliana Marins – Foto: InstagramQual a importância da revisão dos protocolos?Montanhas e vulcões, especialmente na região do Sudeste Asiático, são conhecidos por desafios naturais que exigem preparação e respostas rápidas diante de emergências. O caso de Juliana impulsionou discussões entre especialistas em turismo de aventura sobre as ações necessárias para tornar esses destinos mais seguros. Entre as recomendações frequentemente citadas, destacam-se:Implantação de sistemas de alerta e monitoramento por GPS nas trilhas;Disponibilização de equipamentos de resgate estratégicos pelo percurso;Treinamento de guias e equipe local em primeiros socorros para acidentes específicos de altitude e quedas;Parcerias com as autoridades consulares visando apoio a turistas estrangeiros.Com a repercussão internacional do acidente, a expectativa é de que o exemplo sirva para aprimorar as práticas em outros pontos turísticos semelhantes ao redor do mundo, reforçando a importância do planejamento e da rápida resposta em áreas de alto risco para trilhas turísticas.O post Emocionado, pai de Juliana Marins faz promessa no velório da filha apareceu primeiro em Terra Brasil Notícias.