A política externa dos Estados Unidos tem gerado incertezas sobre os interesses do país no Oriente Médio, conforme análise do professor de Relações Internacionais da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP) Alexandre Coelho em entrevista à CNN.Coelho destacou que o presidente americano Donald Trump parece não estar ouvindo seu próprio gabinete em relação ao conflito entre Israel e Irã.As recentes declarações de Trump, sugerindo uma possível intervenção militar dos EUA, contrastam com a aparente estratégia inicial de desacelerar tensões e buscar negociações. Leia mais Israel "atacará todas" as instalações nucleares do Irã, diz Netanyahu Trump decidirá se EUA entrarão no conflito em duas semanas, diz Casa Branca Israel x Irã: EUA movimentam aviões e navios no Oriente Médio, dizem fontes Movimentação militar e opinião públicaO especialista apontou que o deslocamento do porta-aviões USS Nimitz e outros navios americanos em direção ao Mar Vermelho aumenta as expectativas de um possível envolvimento dos EUA no conflito.No entanto, pesquisas de opinião indicam que a maioria da população americana é contra a entrada do país nessa guerra.Coelho ressaltou que Trump se elegeu com o discurso de que os Estados Unidos não deveriam gastar dinheiro em guerras que não fossem diretamente de seu interesse. Porém, suas recentes declarações parecem contradizer essa posição, elevando a retórica bélica contra o Irã.Riscos de escalada do conflitoO professor alertou para os riscos de uma possível intervenção americana, especialmente se houver tentativas de derrubar instalações nucleares iranianas.Ele prevê que, nesse cenário, o Irã poderia retaliar atacando bases americanas na Arábia Saudita, potencialmente envolvendo mais uma potência no conflito.“Infelizmente, eu não consigo ver uma desescalada e também os interesses norte-americanos estão cada vez mais turvos, conforme as declarações do próprio presidente”, afirmou Coelho, ressaltando a confusão entre a política externa americana e as posições pessoais de Trump. Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNN. Clique aqui para saber mais.