O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, mandou prender novamente o mecânico Antônio Cláudio Alves Ferreira, responsável por ter quebrado um relógio do século 17 em exposição no Palácio do Planalto, durante os atos antidemocráticos de 8 de Janeiro.Antônio havia sido solto nessa quarta-feira (19/6) e cumpriria a pena de 17 anos de prisão em regime semiaberto. O ministro também determinou que a Polícia Federal (PF) investigue o juiz Lourenço Migliorini Fonseca Ribeiro, responsável pela liberdade do réu.O homem havia sido solto por decisão de Ribeiro na última sexta-feira (13/6). De acordo com o magistrado, Antônio já cumpria os requisitos para a progressão de regime. O mecânico estava preso havia 2 anos e quatro meses, em Uberlândia (MG). Leia também Brasil 8/1: homem que quebrou relógio no Planalto vai para o semiaberto Distrito Federal 8/1: após burlar regras, coronel diz que tornozeleira estava “carregando” Distrito Federal PM réu pelo 8/1 teria descumprido medidas cautelares; STF questiona Fabio Serapião Moraes mantém preso homem que espalhou pó químico na Câmara no 8/1 Inicialmente, ele deveria cumprir a pena em um albergue, mas a comarca não dispõe desse tipo de estrutura.Segundo o juiz, o réu deveria permanecer em sua residência em tempo integral até que uma proposta de trabalho junto à unidade prisional seja liberada, não podendo se ausentar de casa “em nenhuma hipótese”.Antônio deixou o presídio Professor Jacy de Assis na tarde de quarta-feira (18/6) sem uso de tornozeleira eletrônica.Prisão e condenaçãoEm dezembro do ano passado, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou o início imediato do cumprimento de pena do réu.Antônio foi condenado a 17 anos de prisão, em julgamento que ocorreu em junho do ano passado. Conforme a decisão de Moraes, o cumprimento da pena deve ocorrer, inicialmente, em regime fechado e a ação penal será encerrada, pois não há mais recursos possíveis contra a condenação.O relógio quebrado por ele é uma obra de Balthazar Martinot, feita de casco de tartaruga e de um bronze especial, que fica em exposição no Palácio do Planalto. Ele foi trazido ao Brasil por Dom João VI em 1808.