Hezbollah iraquiano ameaça atacar bases dos EUA no Oriente Médio

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O Kataib Hezbollah, milícia xiita que faz parte das Forças de Mobilização Popular do Iraque (PMF), disse que bases dos Estados Unidos no Oriente Médio podem ser atacadas, caso o país entre no conflito entre Israel e Irã. A ameaça foi divulgada nesta quinta-feira (19/6) pelo líder de segurança do grupo, Abu Ali al-Askari.“Reafirmamos, com ainda mais clareza, que, caso os Estados Unidos entrem nesta guerra, o desequilibrado Trump perderá todos os trilhões que sonha em angariar nesta região”, afirmou al-Askari. “Sem dúvida, as bases americanas espalhadas pela região tornar-se-ão semelhantes a campos de caça a patos”.Além disso, o líder do grupo iraquiano — que possui ligações com o Hezbollah libanês — ameaçou fechar importantes rotas de navegação no Oriente Médio. Entre eles, o Estreito de Ormuz, entre os golfos Pérsico e de Omã, e a hidrovia de Bab-el-Mandeb, no Mar Vermelho.Ofensiva israelense contra o IrãDepois de diversas ameaças, Israel lançou na semana passada o que chamou de “ataque preventivo” contra o Irã. O foco da operação foi o programa nuclear iraniano.O principal objetivo da ação, segundo o governo israelense, é impedir que o Irã consiga construir uma arma nuclear.Como resposta à operação israelense, o Irã lançou um exército de drones e mísseis contra o território de Israel.Em pronunciamento no sábado (14/6), o premiê Benjamin Netanyahu afirmou que a ofensiva deve continuar. Ele prometeu ataques contra todas as bases iranianas.Até o momento, relatos indicam que parte do programa nuclear já foi afetada pelos ataques. Danos maiores, no entanto, dependem de bombas – ou da participação direta – dos EUA, o que tem sido solicitado pelo governo de Israel.Apoio declaradoMais cedo, o Hezbollah no Líbano declarou apoio ao Irã na guerra contra Israel. Ambos os grupos são supostamente apoiados pelo regime iraniano.Até o momento, os planos de Donald Trump para o conflito, que se arrasta por sete dias, ainda não são claros. O presidente norte-americano, contudo, já disse que não busca mais um cessar-fogo para a guerra, mas sim uma “vitória completa” contra o Irã.