Cientistas conseguem controlar diabetes tipo 1 com células-tronco

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Um estudo publicado na revista científica Cell Discovery em 30 de junho apresenta um avanço promissor no tratamento da diabetes tipo 1. O tratamento foi feito com células-tronco pluripotentes de 12 pacientes, que foram reprogramadas em laboratório para se transformar em produtoras de insulina.As células foram implantadas no abdômen dos participantes. Pouco mais de um ano depois, dez dos pacientes passaram a controlar o açúcar no sangue sozinhos, sem precisar de insulina externa. Os outros dois ainda precisam de doses baixas do hormônio. Leia também Saúde Transplante de ilhotas controla diabetes tipo 1 em animais, diz estudo Saúde Grupo de risco: conheça vacinas essenciais para pessoas com diabetes Saúde Diabetes gestacional: saiba identificar sinais e como prevenir Distrito Federal Diabetes tipo 1: 10 mil pessoas no DF lutam para derrubar veto de Lula Embora o estudo ainda esteja em fase inicial, a nova terapia fornece fortes evidências de que é possível repor a produção perdida de insulina pelo corpo usando infusões de células-tronco.“Essas descobertas fornecem evidências de que ilhotas pancreáticas podem ser produzidas de forma eficaz a partir de células-tronco pluripotentes e usadas para tratar diabetes tipo 1”, explica o principal autor da pesquisa, o cirurgião Trevor Reichman, da Universidade de Toronto, no Canadá.Saiba sinais que podem indicar que você tem diabetesSensação de cansaço e irritabilidade.Visão turvaSede excessiva.Fome frequente.Boca seca.Doença periodontal.Feridas que demoram para cicatrizar.Formigamento nos pés e mãos.Perda de peso.Coceira ao redor do pênis ou vagina, ou episódios recorrentes de candidíase.Vontade excessiva de urinar.Coceira na pele.Manchas escuras na pele.Infecções frequentes.Células-tronco têm capacidade de se dividir e se diferenciar em vários tipos de células especializadas, o que as torna promissoras para terapias regenerativas e tratamento de doenças graves.Segundo os cientistas, os pacientes mantiveram os níveis de glicose dentro da faixa saudável durante quase todo o tempo após o procedimento, o que indica que as novas células estão funcionando como deveriam.14 imagensFechar modal.1 de 14A diabetes é uma doença que tem como principal característica o aumento dos níveis de açúcar no sangue. Grave e, durante boa parte do tempo, silenciosa, ela pode afetar vários órgãos do corpo, tais como: olhos, rins, nervos e coração, quando não tratadaOscar Wong/ Getty Images2 de 14A diabetes surge devido ao aumento da glicose no sangue, que é chamado de hiperglicemia. Isso ocorre como consequência de defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreasmoodboard/ Getty Images3 de 14A função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de forma que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação ocasiona o acúmulo de glicose no sangue, que em circulação no organismo vai danificando os outros órgãos do corpoPeter Dazeley/ Getty Images4 de 14Uma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos industrializados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercícios físicos também contribui para o malPeter Cade/ Getty Images5 de 14A diabetes pode ser dividida em três principais tipos. A tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina, é a tipagem menos comum e surge desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normaisMaskot/ Getty Images6 de 14Já a diabetes tipo 2 é considerada a mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dietaArtur Debat/ Getty Images7 de 14A diabetes gestacional acomete grávidas que, em geral, apresentam histórico familiar da doença. A resistência à insulina ocorre especialmente a partir do segundo trimestre e pode causar complicações para o bebê, como má formação, prematuridade, problemas respiratórios, entre outrosChris Beavon/ Getty Images8 de 14Além dessas, existem ainda outras formas de desenvolver a doença, apesar de raras. Algumas delas são: devido a doenças no pâncreas, defeito genético, por doenças endócrinas ou por uso de medicamentoGuido Mieth/ Getty Images9 de 14É comum também a utilização do termo pré-diabetes, que indica o aumento considerável de açúcar no sangue, mas não o suficiente para diagnosticar a doençaGSO Images/ Getty Images10 de 14Os sintomas da diabetes podem variar dependendo do tipo. No entanto, de forma geral, são: sede intensa, urina em excesso e coceira no corpo. Histórico familiar e obesidade são fatores de riscoThanasis Zovoilis/ Getty Images11 de 14Alguns outros sinais também podem indicar a presença da doença, como saliências ósseas nos pés e insensibilidade na região, visão embaçada, presença frequente de micoses e infecçõesPeter Dazeley/ Getty Images12 de 14O diagnóstico é feito após exames de rotina, como o teste de glicemia em jejum, que mede a quantidade de glicose no sangue. Os valores de referência são: inferior a 99 mg/dL (normal), entre 100 a 125 mg/dL (pré-diabetes), acima de 126 mg/dL (Diabetes)Panyawat Boontanom / EyeEm/ Getty Images13 de 14Qualquer que seja o tipo da doença, o principal tratamento é controlar os níveis de glicose. Manter uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios ajudam a manter o peso saudável e os índices glicêmicos e de colesterol sob controleOscar Wong/ Getty Images14 de 14Quando a diabetes não é tratada devidamente, os níveis de açúcar no sangue podem ficar elevados por muito tempo e causar sérios problemas ao paciente. Algumas das complicações geradas são surdez, neuropatia, doenças cardiovasculares, retinoplastia e até mesmo depressãoImage Source/ Getty ImagesApesar do sucesso inicial, os autores alertam que o estudo ainda é preliminar e que mais testes serão necessários para confirmar a segurança e eficácia da técnica. A Sociedade Brasileira de Diabetes (SDB) estima que há mais de 500 mil casos de diabetes tipo 1 no Brasil.Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!