A atriz Karla Sofía Gascón, 53, usou as redes sociais, nesta terça-feira (1º), para se pronunciar após ficar de fora da lista de votantes do Oscar 2026.Em publicação no Instagram, Karla agradeceu a Academia e disse que o respeito permanece independente das decisões em relação a ela. Leia mais Karla Sofía Gascón fica de fora da lista de votantes do Oscar Após polêmicas, Karla Sofía Gascón interpretará Deus e Diabo em novo terror Dois meses após Oscar, Karla Sofía Gascón se pronuncia: "Sofri em silêncio" “Se algum dia decidirem me convidar, aceitarei com toda a honra, carinho e amor no coração. Desejo a eles todo o sucesso do mundo na nova edição. Tudo o que posso fazer é continuar trabalhando, colocando minha alma nos personagens que interpreto e mostrando — tanto na minha vida pessoal quanto profissional — que não tenho nada a ver com a imagem negativa que alguns tentaram criar de mim”, escreveu ela.A atriz ainda se pronunciou sobre supostos comentários preconceituosos. “Você jamais me ouviu dizer algo contra alguém por causa da cor da pele, nem jamais apoiei qualquer movimento que busque minar os direitos de qualquer ser humano ou minoria. Ninguém ainda provou legalmente que sou a ameaça mais terrível do mundo que precisa ser destruída a qualquer custo.”“Vão lá e puxem os 20 mil posts que talvez eu tenha escrito — não apenas os quatro que foram escolhidos a dedo e editados — e mostrem que o que vocês interpretam com malícia é a verdade e não uma mentira. Sinceramente, já não sei mais do que se trata tudo isso ou qual é o propósito por trás disso”, afirmou a atriz.“Até mesmo Ted Sarandos disse, em uma entrevista em Madri, que nunca me baniram de nada, que me apoiaram totalmente, e que eu era uma atriz fantástica. Então peço gentilmente: por favor, me deixem em paz. Não há fundamento algum para a campanha midiática contra mim. Sou apenas uma atriz que nunca fez mal a ninguém, alguém que você pode gostar mais ou menos, concordar ou não, mas, acima de tudo, sou um ser humano”, continuou.Ela disse que não faz sentido resgatarem publicações de dez anos atrás dela e distorcerem as informações: “Publicações que nem reconheço como minhas, de uma conta que nem tinha meu nome — feitas em resposta a notícias horríveis de terrorismo ou violações de direitos humanos, e distorcerem tudo, cortarem e colarem junto com outras bobagens para criar o ‘monstro de Hollywood’ bem na véspera da cerimônia do Oscar.“Sinceramente, nem a pessoa menos lúcida acreditaria que tudo isso foi espontâneo. É praticamente algo adolescente. Então, por favor, parem com essa loucura. Vocês já causaram danos desnecessários o suficiente”, concluiu.A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, responsável pelo Oscar, lançou sua lista de novos membros votantes, com nomes que incluíam Gillian Anderson (“O Último Rei da Inglaterra”) e Emma Corrin (“Nosferatu”). Mas alguns nomes chamaram atenção por não estarem na lista: Karla Sofía Gascón e Demi Moore, ambas indicadas a Melhor Atriz na edição deste ano. Cynthia Erivo, que também concorreu na categoria, foi deixada de fora igualmente.Enquanto as protagonistas de “A Substância” e “Wicked” não foram convidadas, Margaret Qualley, que contracena com Moore, e Ariana Grande, que trabalha com Erivo, se tornaram membros da Academia. Mikey Madison, que venceu a categoria de “Melhor Atriz” de 2025, também foi convidada.Já a atriz espanhola teve o período anterior à premiação marcado por polêmicas, que incluiu a exposição de críticas ao Oscar e mensagens ofensivas sobre minorias. Ela chegou a ser retirada da campanha do filme pela Netflix. Entre o elenco “Emília Pérez”, Adriana Paz, que interpreta Epifanía, foi a única chamada.Artistas que foram indicados aos Oscar tendem a serem chamados para se juntarem à organização, que inclui cerca de 10 mil membros responsáveis por votarem e elegerem os vencedores da premiação. Porém, ser indicado não significa um convite certo para a Academia, apesar de ser comum. Neste ano, foram 534 novos nomes convidados.Karla Sofía Gascón: ‘Não pedirei desculpas por algo que não sou’*Em colaboração com Larissa Santos, da CNN em São Paulo