O que é rootkit? (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)Rootkit é um malware que se infiltra em um dispositivo, ganhando acesso não autorizado e permitindo que o invasor controle o dispositivo sem ser detectado. Ele modifica o sistema operacional para ocultar a própria presença e as atividades maliciosas, tornando-se “invisível”.Essencialmente, um rootkit altera as funções normais do sistema, como informações de softwares em execução. Isso permite que o malware esconda outros programas e processos maliciosos tanto da vítima quanto dos softwares de segurança, atuando sem levantar suspeitas.Existem rootkits de kernel, que atuam no nível mais baixo do sistema, e rootkits de usuário, que operam em um nível superior. Também há os rootkits de bootloader, que infectam o Registro Mestre de Inicialização (MBR) de discos rígidos.Entenda o conceito de rootkit, como ele é usado pelos invasores e os diferentes tipos. Também saiba como identificar a presença do malware e se proteger contra essas ameaças.ÍndiceO que é rootkit?O que significa rootkit?Qual é a função dos rootkits?Como funcionam os rootkitsRootkits são detectáveis?Quais são os tipos de rootkits?Como detectar rootkit no dispositivoO que fazer ao ser infectado por rootkit?Como se proteger de rootkitsQual é a diferença entre rootkit e vírus?O que é rootkit?Rootkit é um malware projetado para infectar dispositivos e criar backdoors para que os invasores tenham controle total do sistema remotamente. Um dos diferenciais da ameaça é possibilidade de se infiltrar em sistemas sem ser detectado por softwares de segurança, permanecendo oculto por longos períodos.O que significa rootkit?O termo “rootkit” surge da união da palavra “root”, referência ao usuário administrador com privilégios máximos em sistemas Unix e Linux, e “kit”, conjunto de ferramentas que permite acesso autorizado ao nível root.Rootkit permite que hackers se infiltrem em sistemas sem ser detectado por softwares de segurança (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)Qual é a função dos rootkits?O objetivo de um rootkit é se infiltrar em um sistema operacional e estabelecer um acesso remoto oculto para os invasores. Ele age criando backdoors para o hacker conseguir controlar o dispositivo de forma secreta, dificultando a detecção por programas de segurança.Uma vez instalado, o rootkit permite que o atacante faça várias ações, como monitorar as atividades da vítima, roubar dados sensíveis e documentos confidenciais. O malware também é usado em ataques ransomware, em que os arquivos são criptografados e um resgate é exigido para retomar o acesso.Como funcionam os rootkitsA infecção por rootkits geralmente ocorre por meio de ataques de phishing e táticas de engenharia social. Hackers enviam e-mails ou links para download de arquivos executáveis que contêm o malware oculto, explorando a confiança da vítima para instalar o software.Uma vez instalado, o rootkit permanece oculto e inofensivo até ser ativado pelos invasores. Essa ameaça pode executar diversas ações, como roubar dados confidenciais, monitorar atividades ou transformar a máquina em um bot para ataques DDoS.No entanto, a função dos rootkits é abrir backdoors para os hackers acessarem o PC ou celular da vítima remotamente. Ele concede controle total sobre os arquivos, documentos, dados e qualquer outro conteúdo armazenado no dispositivo, comprometendo a segurança do sistema.Essa capacidade de ocultação e acesso privilegiado torna os rootkits uma ferramenta para diversos crimes cibernéticos. Especialmente por serem difíceis de serem detectados por softwares de segurança, permitindo que os invasores mantenham uma presença persistente.Rootkits são detectáveis?Sim, rootkits podem ser detectados por meio de softwares de segurança avançados e especializados. Geralmente, essas ferramentas buscam por pistas deixadas pela ameaça para conseguir identificá-la e eliminar do sistema.Rootkits podem ser usados para conceder acesso a hackers que lançam ataques de ransomware (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)Quais são os tipos de rootkits?Os rootkits são categorizados pela forma como infectam, operam e se mantêm ativos em um sistema. Conheça as características de cada tipo de ameaça:Rootkit de modo kernel: projetado para alterar as funções centrais do sistema, ele injeta um código diretamente no kernel. Geralmente disfarçados como drivers de dispositivo, operam com mais altos privilégios, tornando-os difíceis de detectar e remover;Rootkit de modo usuário (rootkit de aplicativo): executado como um programa comum, mas no modo de usuário, sendo carregado durante a inicialização do sistema. Obtém privilégios administrativos para modificar protocolos de segurança e ocultar a presença de outros malwares;Rootkit de bootloader/bootkit: infecta o Registro Mestre de Inicialização (MBR) de um disco rígido. Visa alterar o processo de inicialização, garantindo o controle persistente, mesmo em sistemas com criptografia de disco;Rootkit de firmware: atinge o software de baixo nível (firmware) que controla componentes de hardware, como placas de rede e periféricos. Ele se esconde no firmware e é automaticamente reinstalado sempre que o dispositivo é ligado;Rootkit de memória: se instala em dispositivos permanentes do sistema, mas é carregado diretamente na memória RAM do dispositivo. Permanece ativo apenas enquanto a RAM não for limpa, geralmente após a reinicialização do sistema;Rootkit virtualizados (hypervisor): atua como um hipervisor, software que cria e executa máquinas virtuais (VMs). Opera abaixo do sistema operacional, assumindo o controle da máquina virtual sem causar impactos no desempenho, o que dificulta a detecção.Como detectar rootkit no dispositivoDetectar a presença de um rootkit pode ser uma tarefa difícil, visto que ele foi desenvolvido para permanecer oculto para softwares de segurança. No entanto, alguns comportamentos do dispositivo podem ser sinais de uma infecção pelo malware:Mensagens de erro e reinicialização frequentes: erros persistentes do sistema operacional, como a “tela azul da morte” no Windows, ou reinicializações inesperadas podem ser indicativos que um rootkit está comprometendo a estabilidade;Desempenho mais lento: uma queda na velocidade do dispositivo, como inicialização demorada, lentidão em tarefas rotineiras ou falta de resposta a comandos do mouse, pode ser causada por um rootkit consumindo recursos;Alterações inesperadas nas configurações: se o sistema operacional muda configurações como o plano de fundo, adiciona novos ícones, ou exibe a data e hora incorreta sem a intervenção do usuário, isso pode sinalizar a ação do malware;Softwares de segurança desativados: falhas no antivírus ou antimalware ao iniciar, atualizar ou funcionar corretamente é um indício de que um rootkit está tentando neutralizar as defesas do dispositivo;Comportamento incomum do navegador: surgimento de novos links nos favoritos sem a ação do usuário, redirecionamentos para sites suspeitos ou a exibição excessiva de pop-ups pode indicar que um malware está influenciando a navegação no dispositivo;Problemas de carregamento de páginas da web: dificuldade para carregar sites, atividades de rede instáveis ou lentas, ou consumo de dados incomum podem indicar que uma ameaça está interferindo no tráfego de rede ou usando a conexão para fins maliciosos;Falha em atualizações do sistema: dificuldade ou falha em atualizações importantes do sistema e de segurança pode ser um sinal de que um rootkit está bloqueando as operações para se manter ativo.O que fazer ao ser infectado por rootkit?Caso o dispositivo tenha sido infectado por rootkit, a primeira ação é usar um software de segurança confiável com recursos de varredura pré-inicialização. Essa ferramenta pode identificar e remover ameaças que se escondem profundamente no sistema operacional.No entanto, em casos mais graves, a única solução eficaz é formatar o dispositivo e reinstalar completamente o sistema operacional. Isso garante a erradicação total do rootkit, restaurando a segurança do computador ou celular.Algumas práticas podem ajudar a evitar que o dispositivo seja alvo de ataque de malwares (ilustração: Vitor Pádua/Tecnoblog)Como se proteger de rootkitsAlgumas ações ao usar os dispositivos no dia a dia são essenciais para se proteger de rootkits e outros malwares. Por exemplo:Use softwares de segurança confiáveis: instale e mantenha atualizado aplicativos antivírus e antimalware para identificar, bloquear e remover diferentes tipos de ameaças;Preste atenção ao comportamento e desempenho do dispositivo: fique atento a qualquer lentidão, travamento ou comportamentos estranhos do sistema. Também faça varreduras regulares com o software de segurança;Habilite a inicialização segura: ative a ferramenta de inicialização segura nas configurações de BIOS/UEFI. Isso impede que sistemas ou drivers não autorizados sejam carregados durante o boot, protegendo contra rootkits que tentam se infiltrar;Utilize contas de usuário com privilégios limitados: sempre que possível, execute tarefas diárias usando uma conta de usuário padrão em vez de uma conta de administrador. Isso limita os danos potenciais caso um malware infecte o sistema;Cuidado com golpes de phishing: tenha cautela com e-mails, mensagens ou links suspeitos, mesmo que pareçam vir de contatos confiáveis. Hackers podem fingir ser remetentes conhecidos para encorajar o download de softwares maliciosos;Baixe arquivos apenas de fontes confiáveis: sempre faça download de softwares e aplicativos em lojas oficiais, como App Store, Google Play Store e Microsoft Store, para evitar instalar conteúdos que possam conter malwares;Desconfie de dispositivos USB desconhecidos: evite conectar pendrives ou outros dispositivos USB que você não conhece a procedência. Eles podem conter um malware programado para se instalar automaticamente no sistema;Mantenha sistemas e softwares atualizados: as atualizações de sistema e de aplicativos incluem patches de segurança que corrigem vulnerabilidades, evitando que o dispositivo seja infectado por novos malwares.Qual é a diferença entre rootkit e vírus?Um rootkit é um dos softwares do tipo malware projetado para se esconder em um sistema, concedendo acesso remoto e controle privilegiado ao invasor. Ele permite que o cibercriminoso execute ações como roubo de dados, espionagem e instalação de outras ameaças sem ser detectado. Um vírus de computação é um malware que se propaga ao se anexar a programas ou arquivos legítimos. Conhecido pela capacidade de se replicar e infectar outros dispositivos, ele visa causar danos, como corromper dados, excluir arquivos ou comprometer o funcionamento do sistema.O que é rootkit? Entenda o funcionamento desse tipo de malware