Parte da linha de entrada da BYD, carro se destaca pelo preço estimado de R$ 79 mil; sedã elétrico tem interior tecnológico e recursos como câmera 360° e teto solar O BYD e7 é um sedã de porte médio com proposta acessível, voltado principalmente para frotas de táxi e aplicativos de mobilidade urbana. Com preço estimado em R$ 79 mil na China, o modelo se posiciona como um dos mais baratos da categoria, superando até mesmo modelos populares a combustão no Brasil. Apesar de ainda não ter lançamento confirmado em território nacional, o e7 evidencia os planos ambiciosos da montadora chinesa de acelerar a eletrificação em escala global. Vale lembrar que esse valor pode ser alterado no Brasil devido aos impostos de importação e de fabricação nacional.🔎 Carro ou barco? Andamos no BYD U8 e ele flutuou na água; assista🔔 Canal do TechTudo no WhatsApp: acompanhe as principais notícias, tutoriais e reviewsAlém de ser um carro elétrico “acessível”, em comparação aos outros modelos, o BYD e7 representa um esforço estratégico da marca para atingir o que talvez seja o principal gargalo da mobilidade elétrica: o custo de aquisição. Ao oferecer um sedã com bateria de lítio-ferro-fosfato (LFP), interior tecnológico e dimensões generosas, a BYD mira diretamente as operadoras de frotas e serviços de transporte urbano. A seguir, o TechTudo analisa como o modelo se posiciona em termos técnicos, de design e funcionalidades, e o que ele pode representar para o futuro dos elétricos no Brasil.Com visual limpo e faróis afilados, o BYD e7 adota um design inspirado em modelos de luxo da própria montadoraDivulgação/BYD📝 Qual o melhor rastreador de veículos sem mensalidade? Veja no Fórum TechTudoBYD e7 é bom? Veja preço, autonomia e tecnologias do carro elétricoNo índice abaixo, confira todos os tópicos que serão abordados neste guia sobre o BYD e7, o carro elétrico "barato" da marca. Ficha técnica do BYD e7Panorama da BYD no BrasilDesign e construçãoMotor e desempenhoTecnologias e sistemasBateria e autonomiaConclusãoFicha técnica do BYD e7Motorização: elétrica (dados específicos de potência e torque ainda não revelados)Bateria: Lítio-ferro-fosfato (LFP)Velocidade máxima: 150 km/hDimensões: 4.780 mm (comprimento), 1.900 mm (largura), 1.515 mm (altura)Entre-eixos: 2.820 mmPeso: entre 1.499 kg e 1.566 kg, dependendo da versãoRodas: 16 polegadasInterior: Central multimídia de 15,6”, painel digital compacto, câmbio eletrônicoRecursos de conforto: USB dianteiro e traseiro, luzes de leitura em LED, saídas de ar traseiras, ancoragens ISOFIXEmbora as informações sobre potência e autonomia oficial ainda não tenham sido divulgadas, a ficha técnica já revela uma base sólida. O entre-eixos avantajado e o porte do carro indicam um foco no conforto interno, especialmente para passageiros de frotas e táxis. Além disso, a presença de equipamentos geralmente encontrados em categorias superiores reforça a ideia de um modelo funcional, porém moderno.Panorama da BYD no BrasilA BYD é hoje uma das marcas que mais crescem no mercado automotivo brasileiro, principalmente entre os modelos elétricos. A empresa tem investido fortemente em infraestrutura, marketing e portfólio, com presença consolidada em segmentos variados, desde hatchbacks, como o Dolphin, a SUVs como o Song Plus.O BYD e7 se encaixa em uma possível nova fase da empresa, que mira o mercado de entrada com um produto urbano e de alta escala. Se mantido o preço base próximo aos 100 mil yuans (cerca de R$ 79 mil na conversão direta), preço que foi divulgado na China, o modelo teria potencial competitivo até mesmo contra veículos populares a combustão, como o Renault Kwid e o Fiat Mobi. Essa democratização pode ser um divisor de águas para a ‘eletrificação’ no Brasil, especialmente se o carro chegar subsidiado para empresas ou com incentivos fiscais. Vale lembrar que o Brasil tem potencial para receber veículos como o e7, já que a BYD está implantando uma fábrica em Camaçari, na Bahia, o que deve facilitar a nacionalização de modelos e a produção local a médio prazo.Lanternas traseiras são interligadas por uma faixa escurecida, elemento já presente em outros carros da marcaReprodução / EV AutoHomeDesign e construçãoVisualmente, o BYD e7 combina linhas simples com detalhes inspirados em modelos de luxo da própria montadora. A dianteira tem faróis afilados e uma grade discreta, remetendo ao design do Denza Z9, veículo premium da marca. A traseira tem uma faixa escurecida ligando as lanternas, o que contribui para a percepção de modernidade. O modelo adota maçanetas convencionais, rodas de 16 polegadas e teto com leve inclinação, finalizado com um discreto spoiler integrado.Apesar da proposta voltada ao custo-benefício, o sedã transmite solidez e elegância. A carroceria de quase cinco metros de comprimento entrega porte visual semelhante ao de modelos como o Toyota Corolla, reforçando seu apelo entre motoristas profissionais. A simplicidade do conjunto também contribui para manutenção mais fácil e menor custo de reparo, um fator importantíssimo para frotas.Outro ponto importante é a robustez da construção. O peso entre 1.499 kg e 1.566 kg sugere um carro estável, com estrutura compatível com as exigências do uso urbano intenso. O modelo também conta com freios a disco nas quatro rodas, o que melhora o desempenho em frenagens, mesmo com carga total.Motor e desempenhoA BYD ainda não revelou dados como potência (kW) ou torque do e7, mas o modelo foi projetado para atingir 150 km/h de velocidade máxima. Esse limite é compatível com o uso urbano e rodoviário moderado, especialmente em rotinas de trabalho como as de táxis ou motoristas de app, nas quais o mais importante é a eficiência e a confiabilidade.A expectativa é que o sedã use motor similar ao do BYD e2, hatchback da mesma linha “e”, que tem cerca de 70 kW de potência (aproximadamente 95 cv). Isso indicaria uma aceleração progressiva, mas suficiente para deslocamentos em grandes centros urbanos. O uso de propulsor elétrico também garante torque instantâneo, o que melhora as arrancadas e torna a condução mais fluida no para-e-anda do trânsito.Em termos de condução, espera-se que o modelo mantenha a suavidade típica dos elétricos, com baixo ruído, respostas diretas e boa ergonomia. Embora sem proposta esportiva, o BYD e7 deve entregar uma experiência confortável e segura.Interior do BYD e7 conta com central multimídia flutuante de 15,6” e painel digital compacto atrás do volanteReprodução/EV AutoHomeTecnologias e sistemasPor dentro, o e7 segue a fórmula dos carros mais recentes da BYD: interior funcional, mas com apelo visual. O painel tem uma central multimídia flutuante de 15,6 polegadas, similar à dos modelos Dolphin e Seal. O painel de instrumentos é compacto e totalmente digital, posicionado atrás do volante de três raios com base reta.O câmbio eletrônico, acionado por alavanca na coluna de direção, permite liberar o console central, que abriga área para carregamento de celular, portas USB, botões físicos e tomada de energia. Esse layout otimiza o espaço interno e facilita o acesso aos comandos principais.Para os passageiros, há entradas USB traseiras, luzes de leitura em LED, saídas de ar-condicionado e ISOFIX para cadeirinhas, o que demonstra preocupação com a praticidade familiar. Apesar do foco em frotas, o BYD e7 consegue atender bem a um público que busca um carro funcional para o dia a dia. Os bancos, revestidos em material sintético, seguem o padrão de durabilidade e fácil limpeza exigido por serviços profissionais.Bateria e autonomiaA bateria do e7 é do tipo LFP (lítio-ferro-fosfato), mesma tecnologia adotada nos modelos mais vendidos da BYD. Esse tipo de bateria tem vantagens importantes: é mais segura, menos propensa a superaquecimentos, possui maior vida útil e custos de produção menores do que as tradicionais NCM (níquel-cobalto-manganês).Com preço estimado em R$ 79 mil, o BYD e7 pode rivalizar com modelos populares a combustão no futuroReprodução/EV AutoHomeA autonomia não foi oficialmente divulgada pela montadora, mas a imprensa chinesa especula que o e7 possa superar os 400 km no ciclo CLTC, superior ao BYD Dolphin, que registra 420 km nesse mesmo padrão. Isso seria um bom indicativo de eficiência energética, sobretudo considerando o porte do sedã.A porta de carregamento fica no para-lama dianteiro direito, e espera-se que o modelo ofereça suporte a carregadores de corrente alternada (AC) e, possivelmente, também carga rápida em corrente contínua (DC), como nos demais veículos da marca.ConclusãoO BYD e7 é mais do que apenas um sedã elétrico barato: ele representa um movimento estratégico da BYD para dominar a base da pirâmide da eletrificação automotiva. Seu foco em frotistas e operadores urbanos é evidente, mas o conjunto apresentado, que inclui central multimídia, bateria robusta e dimensões generosas, também pode atrair consumidores comuns, interessados em um carro eficiente e acessível.Embora ainda sem previsão oficial de chegada ao Brasil, o modelo é um forte candidato à nacionalização em médio prazo, especialmente com a estrutura fabril que a BYD está consolidando no país. Se isso acontecer com preços compatíveis ao praticado na China, o e7 poderá influenciar de forma significativa o segmento de sedãs e acelerar a popularização dos veículos elétricos por aqui.Com informações de BYD, CPG e New Mobility News.🎥 Carro ou barco? Andamos no BYD U8 e ele flutuou na águaCarro ou barco? Andamos no BYD U8 e ele flutuou na águaVeja mais no TechTudo