StartupiOrganizações com estratégia de inteligência artificial têm desempenho superior e aumentam receita, aponta pesquisa da Thomson ReutersA adoção estratégica da inteligência artificial está se tornando um divisor de águas no desempenho organizacional, segundo o relatório Future of Professionals 2025, publicado pela Thomson Reuters nesta quarta-feira (26). O estudo revela que entidades com uma diretriz clara em relação à aplicação de IA têm o dobro de probabilidade de alcançar crescimento de receita e 3,5 vezes mais chances de gerar benefícios críticos com a tecnologia.Apesar dos dados indicarem impacto direto nas finanças e na produtividade, apenas 22% das empresas participantes da pesquisa global afirmam ter uma estratégia visível para a adoção de IA. Isso sugere que a maioria das organizações ainda não conseguiu transformar o uso da tecnologia em ação coordenada. Sem alinhamento com os objetivos institucionais, os ganhos potenciais permanecem limitados.O levantamento abrangeu 2.275 profissionais de diferentes áreas — jurídica, tributária, contábil, de risco, compliance, auditoria e comércio exterior — em regiões como América do Norte, América Latina, Europa, Reino Unido e Ásia-Pacífico. Os respondentes destacaram que o uso de IA deverá proporcionar, em média, cinco horas semanais de economia por profissional a partir do próximo ano, frente às quatro horas esperadas em 2024. Esse ganho de tempo representa uma valorização anual de US$ 19 mil por colaborador.Nos Estados Unidos, os setores jurídico e contábil concentram boa parte desse impacto. Estima-se que a aplicação de soluções com IA nesses segmentos possa gerar até US$ 32 bilhões em ganhos combinados por ano, sendo US$ 20 bilhões para o jurídico e US$ 12 bilhões para o contábil. Segundo Steve Hasker, CEO da Thomson Reuters, os dados apontam para a necessidade urgente de definição de metas claras no uso da tecnologia. “Quem não priorizar esse movimento tende a perder competitividade nos próximos ciclos”, afirma.O relatório também evidencia disparidades na forma como as empresas encaram a transformação tecnológica. Enquanto metade das organizações relata já ter percebido retorno financeiro direto ou indireto pela adoção de IA, 30% dos profissionais acreditam que suas instituições estão avançando em ritmo muito lento. Outros 40% apontam que há uso de IA sem qualquer plano definido, o que indica improviso e ausência de governança.A pesquisa identificou ainda que 80% dos profissionais ouvidos acreditam que a inteligência artificial terá efeito elevado ou transformador sobre suas profissões nos próximos cinco anos. Em contrapartida, apenas 38% esperam mudanças substanciais dentro de suas instituições já em 2025, mostrando um descompasso entre a percepção de impacto e o planejamento interno.Outro ponto de destaque é a mudança na dinâmica das funções exercidas por profissionais qualificados. Segundo o estudo, 55% dos respondentes passaram ou esperam passar por alterações expressivas em suas atribuições em um intervalo de 12 meses. Entre os desafios relatados, 46% indicam lacunas de conhecimento técnico e analítico em suas equipes. Nesse cenário, 88% dos entrevistados demonstram preferência por ferramentas de IA personalizadas para suas funções, reforçando a demanda por soluções adaptadas à realidade de cada setor.A Thomson Reuters tem investido em frentes que integram conteúdo, tecnologia e inteligência artificial. A companhia anunciou aportes anuais de US$ 200 milhões para o desenvolvimento de soluções com IA aplicada. A estratégia é estruturada em três pilares: desenvolvimento próprio, parcerias e aquisições. Os projetos incluem ferramentas baseadas em IA generativa e assistentes específicos para áreas como direito, tributação, contabilidade e compliance.Com atuação em diversos mercados regulados, a empresa também estabelece protocolos de governança para nortear o uso de IA. Entre as diretrizes estão princípios de ética e transparência na manipulação de dados. A companhia disponibiliza treinamentos contínuos em IA para seus 26 mil colaboradores e criou rotas de carreira especializadas para cientistas e engenheiros que atuam em seus centros de inovação.A experiência da Thomson Reuters em tecnologias de linguagem natural e aprendizado de máquina acumula mais de três décadas. Esse acúmulo técnico, combinado com curadoria editorial e conteúdo verificado, serve de base para o desenvolvimento das soluções atualmente em operação.O relatório conclui que, embora o potencial da IA seja amplamente reconhecido, a ausência de planejamento concreto impede parte das organizações de capturar valor real da tecnologia. A lacuna entre o que se espera da IA e o que é efetivamente executado pode definir quem prospera e quem perde relevância nos próximos anos.Acesse o relatório completo em thomsonreuters.comAproveite e junte-se ao nosso canal no WhatsApp para receber conteúdos exclusivos em primeira mão. Clique aqui para participar. Startupi | Jornalismo para quem lidera inovação!O post Organizações com estratégia de inteligência artificial têm desempenho superior e aumentam receita, aponta pesquisa da Thomson Reuters aparece primeiro em Startupi e foi escrito por Tiago Souza