Senado dos EUA aprova projeto de corte de impostos de Trump

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O Senado dos Estados Unidos aprovou, na noite de sábado (28), horário local, o projeto de corte de impostos de Trump apelidado de “One Big Beautiful Bill” (Um Grande e Belo Projeto de Lei), em uma votação crucial, por 51 a 49, após uma longa discussão entre os líderes republicanos.Agora, o partido de Trump precisa satisfazer os inúmeros opositores que ainda exigem mudanças no projeto. Com o resultado, os republicanos deram um passo importante na noite de sábado, embora o futuro da medida de cortes de impostos e gastos ainda esteja em questão, visto que outros obstáculos permanecem.O projeto de lei de 940 páginas visa reduzir os impostos federais e injetar mais dinheiro nas principais prioridades de Trump em imigração, fronteiras, corte de impostos e questões militares, começou após horas de atraso. Leia mais G7 concorda com isenção de impostos a empresas de EUA e Reino Unido Elon Musk volta a criticar projeto de lei apoiado por Trump: "Destrutivo" China confirma avanço em acordo com EUA A proposta estenderia os cortes de impostos de 2017, que foram a principal conquista legislativa de Trump durante seu primeiro mandato como presidente. Analistas apartidários estimam que uma versão do projeto adicionaria trilhões à dívida pública americana de US$ 36,2 trilhões.Em publicação na rede social Truth Social, Trump disse que a votação foi uma “grande vitória”, e cumprimento os senadores que votaram a favor da medida.O cronograma da medida é curto. Trump exigiu a assinatura do projeto de lei no dia 4 de julho, mas a medida ainda precisa retornar à Câmara após a aprovação do Senado.A votação permite que o Senado comece a debater o projeto de lei de Trump, preparando uma votação final para sua aprovação naquela casa já na segunda-feira.Jogo de persuasãoO vice-presidente, JD Vance, viajou ao Capitólio na noite de sábado para ajudar o líder da maioria no Senado, John Thune, a convencer os que ainda estavam na defensiva, incluindo republicanos linha-dura que exigiam mais mudanças no projeto de lei.Os senadores republicanos Thom Tillis e Rand Paul votaram contra a medida. O senador Ron Johnson inicialmente votou contra, mas mudou de voto após conversar com a liderança do partido.Thune, Vance e vários republicanos que ainda estavam na defensiva — Johnson, Mike Lee, Rick Scott e Cynthia Lummis — reuniram-se na sala da liderança antes da votação final. Todos os quatro acabaram votando a favor da medida.No início do dia, os líderes republicanos conseguiram conquistar o voto da senadora Lisa Murkowski. Enquanto buscavam o voto dela, foram adicionadas algumas disposições à versão mais recente do projeto de lei que beneficiavam especificamente seu estado, o Alasca. Uma delas expandiu o valor que um grupo especial de baleeiros poderia deduzir em suprimentos para a caça às baleias, disse uma fonte à CNN.Os democratas do Senado estão agora forçando um atraso para adiar a aprovação da agenda de Trump pela Câmara, forçando os funcionários a gastarem cerca de 10 a 15 horas lendo o projeto inteiro em voz alta. Após a leitura, haveria um debate sobre o projeto, seguido por uma “votação-rama” antes da votação da aprovação final.Thune e sua equipe vinham pressionando seus membros para que se alinhassem à medida, com Trump e autoridades da Casa Branca também pressionando fortemente os republicanos que ainda resistiam.Trump se encontrou com Scott e Johnson no sábado, poucas horas antes do que os líderes republicanos esperavam para realizar a votação, de acordo com Lee, de Utah, colega próximo dos dois senadores.O presidente também conversou com outros senadores críticos, como Josh Hawley, do Missouri, que no início do sábado declarou seu apoio ao projeto. O senador Paul, do Kentucky, outro crítico do projeto, jogou golfe com Trump na manhã de sábado, de acordo com Graham.No sábado à noite, Trump recorreu ao Truth Social para atacar Tillis, dizendo que o senador da Carolina do Norte “está cometendo um GRANDE ERRO”. O presidente acrescentou que se reunirá com aqueles que buscam lançar desafios primários contra Tillis “nas próximas semanas”.(Com informações da Reuters)