Governo Milei diz ter cortado mais de 50 mil cargos públicos

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O governo da Argentina afirmou ter reduzido 50 mil cargos estatais desde o início do mandato de Javier Milei, o que estaria gerando uma economia anual de US$ 2 bilhões para o país.“Em maio superamos as 50 mil desvinculações desde que Javier [Milei] chegou ao governo, sem afetar realmente muito os serviços que temos dado”, disse nesta quinta-feira (26) Federico Sturzenegger, ministro da Desregulação e Transformação do Estado da Argentina. Leia Mais Economia da Argentina avança 5,8% no 1º trimestre ante 2024 Argentina está pronta para boom de fusões e aquisições sob Milei, diz PwC Argentina libera uso de dólares sem declarar origem prévia Em discurso em um congresso da Liberdade Avança, sigla partidária do presidente argentino, o ministro afirmou que essa redução mostrou que “todo esse pessoal infelizmente não tinha muita utilidade”.De acordo com um gráfico postado por ele, desde dezembro de 2023 até maio de 2025, foram reduzidos 50.591 postos de trabalho no Estado, a maioria deles na administração pública (29.499), seguidos por empregos em estatais (15.592) e pessoal militar e de segurança (5.500).“Continua a motosserra. Lembremos que cada peso que o Estado economiza é um peso a menos de impostos que nós, cidadãos, pagamos”, escreveu.A administração de Milei, no entanto, é amplamente questionada por sindicatos de trabalhadores estatais tanto pelas demissões como pela erosão dos salários, inclusive por profissionais de saúde do Hospital Garrahan, um dos mais importantes no atendimento pediátrico do país.Em março, a Associação de Trabalhadores do Estado (ATE) denunciou a demissão ou afastamento de mais de 2 mil servidores somente do ex-ministério de Desenvolvimento Social, extinto por Milei.“É uma medida que não só arrasa com seus direitos, mas que abandona completamente os setores mais vulneráveis do país, aprofundando a crise social e o aumento das desigualdades”, repudiou.Brasil tem a 2ª maior taxa de juro real no mundo após alta da Selic