A morte da publicitária Juliana Marins, de 26 anos, durante uma viagem à Indonésia, motivou o senador Romário (PL-RJ) a apresentar um projeto de lei que propõe a criação de um mecanismo inédito no Brasil: a utilização de recursos públicos para custear o translado ou a cremação de corpos de brasileiros falecidos fora do país, quando suas famílias estiverem em situação de vulnerabilidade financeira.Juliana morreu no dia 25 de junho após passar mal durante uma trilha no Monte Rinjani, ponto turístico popular entre mochileiros. O corpo da jovem só foi encontrado dias depois, e a família passou a enfrentar dificuldades para arcar com os custos do traslado do corpo ao Brasil — processo que pode ultrapassar os R$ 40 mil. Sem apoio do governo, os parentes recorreram a uma vaquinha virtual.Com base nesse episódio, Romário apresentou o projeto que batizou de “Lei Juliana Marins”. A proposta prevê que o Estado possa ajudar financeiramente em situações excepcionais, mediante critérios rigorosos para comprovação de baixa renda, evitando qualquer possibilidade de uso indevido dos recursos públicos.Segundo o senador, a legislação atual — o Decreto nº 9.199/2017 — não contempla repatriação de restos mortais, o que, na visão dele, expõe as famílias a uma dupla dor: a perda do ente querido e a ausência de amparo do Estado. Ele também encaminhou um pedido ao Itamaraty, solicitando uma resposta urgente à família Marins.“Essa é uma situação que nenhum pai deveria enfrentar. A dor da perda não pode ser agravada pela omissão do Estado. Para jamais esquecermos a dor dessa família, vou trabalhar pela aprovação célere da Lei Juliana Marins”, declarou Romário.A proposta segue agora para análise no Senado. Caso seja aprovada, o Brasil poderá instituir, pela primeira vez, uma política pública voltada ao suporte humanitário a famílias que enfrentam tragédias fora do país.O post Tragédia de Juliana Marins leva Romário a propor lei inédita para repatriação de brasileiros mortos no exterior apareceu primeiro em Vitrine do Cariri.