China confirma avanço em acordo com EUA

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A China confirmou nesta sexta (27) os termos de negociação comercial com o governo Trump, que inclui um acordo para que Pequim acelere as exportações de minerais essenciais para os Estados Unidos e para que Washington suspenda os recentes controles de exportação sobre a China.“A China analisará e aprovará os pedidos de exportação de itens controlados”, disse o Ministério do Comércio da China, em um comunicado. “E os Estados Unidos cancelarão de forma correspondente uma série de medidas restritivas que tomaram contra a China.”Uma das principais prioridades de Washington nas negociações com Pequim era garantir o fornecimento de terras raras, metais cruciais para a produção de baterias elétricas, turbinas eólicas e sistemas de defesa. Leia mais Trump interrompe negociação com Canadá e fala em "ataque flagrante" aos EUA Trump diz que tarifas vão subir para países que se aproveitam dos EUA Trump diz que não indicará ao Fed alguém que mantenha taxas de juros atuais A manifestação do governo chinês foi feita um dia depois de o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, ter afirmado à Bloomberg News que os Estados Unidos “derrubariam” seus controles de exportação assim que a China começasse a entregar minerais de terras raras.Não está claro se o acordo anunciado agora é o mesmo mencionado pelo presidente Donald Trump em evento, na quinta-feira (26) na Casa Branca. O Ministério do Comércio disse que os negociadores comerciais chineses e americanos “mantiveram uma comunicação próxima” após se reunirem em Londres em 9 e 10 de junho. As duas partes já haviam se encontrado em Genebra em maio.As reuniões foram realizadas para estabilizar os laços entre as duas superpotências e para pedir uma trégua em uma guerra comercial crescente, na qual os dois lados impuseram tarifas altíssimas sobre os produtos um do outro.Ainda não se sabe se a suspensão dos controles de exportação de ambos os lados facilitará o caminho para negociações comerciais mais amplas sobre questões fundamentais que frustram o governo Trump, como fazer com que a China compre significativamente mais produtos americanos e conseguir que mais empresas dos EUA tenham acesso à economia chinesa.Embora a China tenha afirmado que não recuará em uma guerra comercial com os EUA, os analistas disseram que é do interesse de Pequim chegar a um acordo mais amplo. A economia chinesa continua lenta devido a uma crise imobiliária e a uma queda na confiança do consumidor.‘Depende da China’O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou ontem que vê uma redução da tensão com a China e que os americanos querem verificar se o país asiático quer ser “um bom parceiro comercial”. A declaração foi dada em entrevista à Fox Business. “Tudo dependerá dos chineses, mas acredito que a desescalada das tensões comercias estará sob controle. Acredito que eles querem ser um parceiro responsável”, disse.Bessent defendeu que os EUA não querem “se separar” da China, mas que o país foi o único a retaliar as tarifas impostas por Washington em abril. Segundo ele, as tarifas de 20% sobre o fentanil na China permanecem em vigor, totalizando 30% de sobretaxas para Pequim. Ele ainda mencionou que muitos países “estão se sentindo pressionados com as negociações tarifárias” e que a administração precisa reduzir o risco comercial.Brasil lidera vendas de veículos elétricos na América Latina