Liderar com empatia: o papel da inteligência emocional na gestão de pessoas

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A liderança empática é uma prática intencional que humaniza a gestão e fortalece o desempenho organizacional. Sustentada por altos níveis de inteligência emocional, a liderança empática surge como um paradigma promissor, capaz de promover ambientes de trabalho mais colaborativos, saudáveis e produtivos, mas mais desafiantes para os líderes. Não basta escolher ser um líder empático, é necessário um conjunto de competências emocionais, sociais e éticas que vão além das competências técnicas de gestão. Ser um líder empático não é simplesmente «ser gentil», mas desenvolver competências relacionais que promovem envolvimento, confiança e produtividade. Exige esforço contínuo de autodesenvolvimento, escuta, abertura emocional e responsabilidade social.  O autoconhecimento implica um treino constante de reconhecer as suas próprias emoções, limitações, valores e padrões de comportamento. Segundo Goleman (1995), o autoconhecimento é o primeiro pilar da inteligência emocional, essencial para que o líder aja com autenticidade e coerência, e compreenda como as suas atitudes influenciam os outros. Além de autoconhecimento, deve possuir escuta ativa, o que significa ouvir com atenção plena, sem interrupções ou julgamentos, procurando captar não apenas o conteúdo verbal, mas também as emoções e intenções implícitas na fala do outro e até expressões não verbais.   A empatia, competência base na liderança empática, divide-se em duas componentes: empatia cognitiva – a capacidade de compreender racionalmente o ponto de vista do outro, e empatia emocional – o reconhecimento e partilha dos sentimentos. A consciência dessas duas dimensões permite ao líder tomar decisões mais sensíveis às realidades individuais dos colaboradores. A comunicação assertiva é crucial para uma boa liderança, isto é, deverá ser clara e respeitosa. Isso significa saber expressar opiniões, dar feedback e resolver conflitos com equilíbrio emocional, evitando agressividade ou passividade. A assertividade permite que o líder conduza situações difíceis sem comprometer o relacionamento interpessoal. Por fim, um líder empático deve ser capaz de identificar o que motiva cada colaborador e criar condições para que todos possam atingir seu potencial máximo. Essa motivação não se dá apenas por incentivos materiais, mas pelo reconhecimento, apoio emocional e estímulo ao crescimento pessoal e profissional. Não haverá líderes empáticos sem inteligência emocional. Ela envolve a capacidade de perceber, entender e regular as próprias emoções, assim como de reconhecer e influenciar positivamente as emoções dos outros. Essa competência é essencial para lidar com situações de pressão, mudanças organizacionais e conflitos interpessoais de forma construtiva.  A liderança empática, alicerçada na inteligência emocional, representa uma resposta às exigências das organizações do século XXI com impacto direto na  qualidade das relações interpessoais e nos resultados organizacionais.Investir na formação de líderes emocionalmente inteligentes é, portanto, um diferencial competitivo e um compromisso com a humanização das relações de trabalho.  Este artigo foi publicado na edição nº 30 da revista Líder, cujo tema é ‘Enfrentar’. Subscreva a Revista Líder aqui.O conteúdo Liderar com empatia: o papel da inteligência emocional na gestão de pessoas aparece primeiro em Revista Líder.