Ações: JGP vê melhora da alocação daqui para frente, depois de um período difícil

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Após chegar a um momento que considera um dos piores que já viu na bolsa brasileira nos últimos 20 anos, Fábio Fonseca, co-gestor dos fundos de ações da JGP Asset Management, avalia que a “tendência agora é de melhora” do mercado de renda variável.Segundo ele, a dinâmica de resultado ruim das empresas listadas na bolsa brasileira, excluindo as que negociam commodities, acabou. “As empresas passaram dois ou três anos fazendo dever de casa para ajustar base de custo, para incorporar aquisições”, diz.“Os resultados das empresas mostram que elas passaram pelo pior e já começaram a melhorar de forma relevante”, complementou. Ele vê a rentabilidade dessas companhias indo para acima da média num horizonte não muito distante, o que será um impulsionador na alocação de ações da Bolsa brasileira.Leia mais: Mercado de ações se tornou inevitável, diz XP: há “janela histórica de oportunidades”Mínimas históricasFábio Fonseca participou da XP Capital Introduction, em São Paulo (SP), com o tema “O risco de não ter bolsa no próximo Bull Market”, na notite desta quarta (25). O encontro exclusivo contou com a presença de cerca de 30 pessoas, entre clientes institucionais da XP e escritórios de assessoria de investimentos ligados à casa.De acordo com Lucas Colazzo, especialista da XP e apresentador do programa Stock Pickers, a proposta é promover um encontro fechado por mês para debater assuntos de interesse de clientes, gestores e assessores.Na sua apresentação, Fábio Fonseca, da JGP, apontou as dificuldades que o mercado de ações enfrentou nos últimos anos. O gestor afirma que, tanto na ótica do investidor brasileiro quanto do estrangeiro, “é inequívoco que estamos muito próximos das mínimas históricas (da Bolsa) de pelo menos os últimos 20 anos”.A alocação está tão baixa que o gestor comparou o estoque de criptomoedas no Brasil, que está próximo de R$ 1 trilhão, com o estoque de ações no mercado brasileiro, que está com valor semelhante.Fonseca explica que nos últimos três anos se viu uma péssima performance das ações. Ele conta que houve uma reversão da dinâmica de expectativa de juro real, que estava em 3% e recentemente chegou a bater 8%, subindo 5 pontos percentuais (pp) em 3 anos.Leia também: 19 ações e BDRs para proteger a carteira em tempos de instabilidade geopolíticaParadoxo“A performance das empresas nesse período foi um paradoxo, porque se teve 3 anos de crescimento forte do PIB, de muito estímulo do governo, e o resultado das empresas domésticas teve uma queda muito expressiva em relação ao esperado”, diz.“É quase impossível investir numa empresa (listada na Bolsa) em que se vê decepção nos resultados continuamente”, afirma.O gestou explica que os números das empresas foram ruins, apesar de a economia ter ido bem, por conta, em parte, dos juros. “Algumas empresas são alavancadas e isso atrapalha o resultado. Mas houve também muito problema de alocação de capital nesse período”, diz.Para Fábio Fonseca, houve má alocação de recursos dessas empresas, que fizeram uma sequência de aquisições e contratações exageradas e diversificação e portfólio questionáveis.The post Ações: JGP vê melhora da alocação daqui para frente, depois de um período difícil appeared first on InfoMoney.