Banco Mundial pede ajuda para economias em conflito enquanto EUA promovem cortes

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(Reuters) – A meta de acabar com a pobreza extrema em todo o mundo continua a ser ilusória, em parte devido aos desafios crescentes enfrentados pelas economias em situações frágeis e afetadas por conflitos (FCS, na sigla em inglês), incluindo a insegurança alimentar e a fraca capacidade dos governos, segundo um relatório do Banco Mundial.O documento, divulgado nesta sexta-feira, pede um aumento do apoio internacional, do alívio da dívida e da assistência técnica em um momento em que os Estados Unidos, maior doador de ajuda do mundo nas últimas décadas, recua.Leia tambémBessent sugere que negociações sobre tarifas podem ir além de prazo dado por TrumpSecretário do Tesouro disse que negociações com parceiros comerciais dos EUA poderiam ser concluídas até setembro, além do prazo de 8 de julho estabelecido pelo presidente“Valorizamos muito”: Putin elogia Trump e diz estar aberto a reunião com o americanoLíder russo disse que Trump demonstra empenho genuíno na busca por uma solução diplomática para a guerraA pobreza extrema está aumentando rapidamente nas economias atingidas por conflitos e instabilidade, de acordo com o primeiro relatório abrangente do Banco Mundial sobre as economias do FCS desde a pandemia da Covid-19.Mais de 420 milhões de pessoas em economias em conflito sobrevivem com menos de US$3 por dia, mais do que o resto do mundo combinado, mesmo sendo o lar de menos de 15% da população global. A projeção é que esse número aumente para 435 milhões, ou quase 60% da extrema pobreza do mundo, até 2030.“As economias do FCS se tornaram o epicentro da pobreza global e da insegurança alimentar, uma situação cada vez mais moldada pela frequência e intensidade dos conflitos”, afirma o relatório do Banco Mundial.A produção econômica nas nações do FCS pode estagnar ou enfraquecer ainda mais, já que os conflitos e a violência aumentaram e se intensificaram nos últimos anos. Os conflitos de maior intensidade podem reduzir o PIB per capita em cerca de 20% após cinco anos, de acordo com o relatório.As economias de conflito e guerra abrigam 1 bilhão de pessoas e suas populações têm, em média, apenas seis anos de escolaridade, com expectativa de vida sete anos menor do que em outros países em desenvolvimento. Desde 2020, o PIB per capita nessas economias diminuiu em 1,8% ao ano, em média, enquanto aumentou 2,9% em outras economias em desenvolvimento, segundo o relatório.“O progresso na redução da pobreza estagnou desde meados da década de 2010, refletindo os efeitos combinados da intensificação do conflito, da fragilidade econômica e do crescimento moderado”, disse.De acordo com o Banco Mundial, são necessárias reformas internas direcionadas e um engajamento global coordenado e de longo prazo para tirar essas populações da pobreza.As medidas precisam se concentrar na abordagem das causas básicas dos conflitos, como injustiça e exclusão, bem como na expansão do acesso à educação e à saúde e na melhoria da infraestrutura. O investimento em turismo e agricultura poderia ajudar a criar empregos para uma população em idade ativa cada vez maior.“Com políticas sólidas e engajamento global sustentado, as economias do FCS podem traçar um caminho melhor para o desenvolvimento”, disse o Banco Mundial.The post Banco Mundial pede ajuda para economias em conflito enquanto EUA promovem cortes appeared first on InfoMoney.