O fascínio pelos universos fantásticos sempre esteve presente no cinema, e a magia da sétima arte permite que essas visões ganhem vida de maneira impressionante. No Oscar 2025, a categoria de Melhor Maquiagem e Cabelo se destaca por seu papel essencial na imersão do público em mundos imaginários. Títulos como “Nosferatu”, “Wicked” e “A Substância” demonstram como esses elementos são fundamentais para criar atmosferas envolventes e personagens icônicos.Essas produções não apenas evidenciam a criatividade dos profissionais envolvidos, mas também enfrentam o desafio de equilibrar fantasia e realidade. A maquiagem e o cabelo podem consolidar a identidade visual de um filme, mas, se mal executados, podem comprometer a imersão do espectador. A seguir, exploramos como esses elementos contribuem para a narrativa e a estética dos indicados ao Oscar.Transformação de personagens por meio da maquiagemEm “Emilia Pérez”, a equipe de maquiagem teve a missão desafiadora de retratar uma personagem trans em diferentes momentos de sua vida. Julia Floch Carbonel, Emmanuel Janvier e Jean-Christophe Spadaccini utilizaram próteses para criar a transformação de Manitas, interpretado por Karla Sofía Gascón. A maquiagem não apenas alterou a aparência do ator, mas também foi essencial para a construção narrativa da jornada de transição de gênero.Já em “A Substância”, a diretora Coralie Fargeat optou por efeitos práticos em vez de CGI, o que demandou um processo de maquiagem meticuloso e demorado. A transformação de Demi Moore em uma versão envelhecida e desgastada de sua personagem é um dos destaques do filme, trazendo à tona críticas sobre o etarismo, um dos temas centrais da narrativa.Imagem de artista sendo maquiada no camarim – Créditos: depositphotos.com / VitalikRadkoDesafios na criação de mundos fantásticosA equipe de “Wicked”, composta por Frances Hannon, Laura Blount e Sarah Nuth, enfrentou o desafio de traduzir a magia de Oz para o cinema. A escolha do tom de verde da pele de Elphaba, vivida por Cynthia Erivo, foi essencial para a autenticidade do personagem. Detalhes como as unhas longas e as microtranças ajudaram a enriquecer sua identidade visual, contribuindo para a coerência estética do universo do filme.Em “Nosferatu”, a equipe liderada por David White, Traci Loader e Suzanne Stokes-Munton criou um visual gótico e macabro para o icônico vilão. Com o uso de 62 próteses aplicadas no corpo de Bill Skarsgård, a maquiagem foi essencial para capturar a essência sombria do personagem e reforçar a atmosfera aterrorizante do filme.O papel da maquiagem na narrativa cinematográficaA maquiagem e o cabelo são elementos fundamentais na construção da narrativa cinematográfica, especialmente em filmes de fantasia. Eles ajudam a estabelecer a atmosfera da história e permitem que os atores se transformem completamente em seus personagens. Em “Um Homem Diferente”, a maquiagem desempenha um papel crucial ao retratar a neurofibromatose do personagem de Sebastian Stan, criando uma aparência impactante que contribui para a história do filme.Quando bem executados, esses elementos elevam a experiência cinematográfica, tornando-a mais envolvente e memorável. No entanto, falhas na aplicação podem prejudicar a imersão do espectador e comprometer a credibilidade da trama.Os indicados ao Oscar 2025 na categoria de Melhor Maquiagem e Cabelo demonstram a importância desses elementos na construção de universos fantásticos. Desde a transformação de personagens até a ambientação visual dos filmes, a maquiagem e o cabelo são fundamentais para a narrativa cinematográfica. Com a evolução tecnológica, esses artistas continuam a se reinventar, encontrando novas maneiras de surpreender e encantar o público.O post O papel da maquiagem e cabelo nos universos fantásticos do cinema apareceu primeiro em Terra Brasil Notícias.