A Tesla, fabricante de carros elétricos comandada pelo bilionário Elon Musk, registrou uma queda expressiva em suas vendas na Europa em janeiro deste ano, confirmando uma tendência que já vinha sendo observada em outros mercados.O que aconteceuSegundo dados da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis, o tombo das vendas da empresa de Musk no Velho Continente foi de 45% no primeiro mês de 2025, na comparação com o mesmo período do ano passado.A participação geral da Tesla em novos emplacamentos recuou de 1,8% (em janeiro de 2024) para 1%.Na Alemanha, país no qual está situada a única fábrica da Tesla na Europa, o registro de novos veículos da companhia desabou 59,5%, na comparação anual.Na França, a queda na mesma base de comparação foi de 63% em janeiro.Na Noruega, o recuo da Tesla foi de 38%, e no Reino Unido, de 8%.Tesla na contramãoO tombo da Tesla acontece em um momento no qual as vendas de carros elétricos à bateria aumentaram 37%, chegando a 166 mil unidades em janeiro.Já as vendas de carros da empresa chinesa SAIC Motor, apoiada pelo governo de Pequim e que é parceira da Audi na China, subiram 37% em janeiro, para 23 mil veículos. Leia também Negócios Tesla, de Elon Musk, frustra mercado e vê lucro despencar mais de 70% Mundo Petição para tirar cidadania canadense de Musk tem 230 mil assinaturas Paulo Cappelli Elon Musk discute sanções a Alexandre de Moraes: “Tem bens nos EUA?” Mundo Musk ameaça demitir servidores que não prestarem contas sobre trabalho A interferência de MuskA redução da fatia de mercado da Tesla na Europa acontece em meio a uma série de declarações de Musk sobre temas sensíveis para a política e a economia da União Europeia.O bilionário, que integra o alto escalão do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump – Musk chefia o Departamento de Eficiência Governamental –, recentemente anunciou apoio ao partido alemão de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), antes das eleições no país realizadas no último domingo (23/2).Elon Musk também fez críticas ao governo do Reino Unido, liderado por Keir Starmer, do Partido Trabalhista, e à União Europeia (UE), bloco que classificou como “antidemocrático”.