A 2GO Bank, fintech que teve as atividades suspensas e o dono preso, acusado de lavar dinheiro para o PCC, é suspeita de ter feito transações com criptomoedas relacionadas a organizações terroristas. As informações são do portal G1, que teve acesso a Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), realizado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público de São Paulo. Quem fez o alerta ao Brasil foi o Ministério da Defesa de Israel, que apontou que uma corretora no Brasil (no caso, 2GO Bank) mantinha carteiras de criptomoedas que eram usadas “com fins de perpetração do crime de terrorismo, conforme os critérios da lei israelense”. Os relatórios feitos pelas entidades brasileiras não apontam quais seriam os grupos terroristas envolvidos no caso. Com as informações vinda de Israel, o Banco Topázio (B2B) monitorou transações envolvendo contas da 2GO Bank — que é cliente do banco — e os endereços apontados pela inteligência israelense como sendo de organizações terroristas. “Há relação entre os ativos virtuais adquiridos pelos clientes do Banco Topázio no exterior com recursos enviados por meio de operações de câmbio com as wallets listadas no comunicado emitido pelo Ministério da Defesa Israelense”, afirma o Banco Topázio. Além da 2GO Bank, os levantamentos destacam a atuação da Paim Distribuidora Ltda. Segundo os Relatórios de Inteligência Financeira, a Paim fez pagamentos de R$ 9 milhões para a 2GO Bank. Ex-policial civil no comando da operaçãoO dono do 2GO Bank e ex-policial civil (afastado em 2022), Cyllas Elia, foi novamente preso na terça-feira (25) em uma operação conjunta entre Ministério Público de São Paulo e Polícia Federal.O empresário já havia sido detido em novembro do ano passado e solto em dezembro, quando vieram à tona as acusações de que atuava em conjunto com a facção criminosa PCC.Além de prender Elia, a operação cumpriu dez mandados de busca e apreensão e determina a suspensão da atividade econômica de duas empresas: a 2GO Bank e a Invbank. As companhias são suspeitas de fazerem lavagem de dinheiro para o PCC usando complexos sistemas de pagamentos a que tinham acesso como instituições de pagamento.O 2GO Bank é famoso no setor de criptomoedas do Brasil, tendo sido patrocinador de diversos eventos do mercado ao longo dos anos. A empresa afirma ser um neobank especializado em liquidação de ativos digitais. Além da prisão, dos mandados e da suspensão da atividade econômica, a Justiça autorizou o congelamento de oito contas bancárias das empresas, que tinham um total de R$ 27,9 milhões.A atual investigação teve como ponto de partida a delação de Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, criminoso que operava no mercado de imóveis e criptomoedas para o PCC e que foi assassinado no Aeroporto de Guarulhos.As informações da delação são de que a 2GO Bank e a Invbank recebiam dinheiro para lavar de Anselmo Becheli Santa Fausta, o Cara Preta, e Rafael Maeda, o Japa, ambos membros de alto escalão do PCC e que foram assassinados.Conforme aponta reportagem da Folha de S. Paulo, o relatório de inteligência financeira dos investigadores mostra que o 2GO Bank atuaria como banco para casas de apostas, corretoras de criptomoedas, estrangeiros e investidores em jogadores de futebol.O Invbank teria sido criado com o objetivo específico de fazer contratos com construtoras para lavar dinheiro, tendo Cara Preta como um sócio oculto.Você tem dúvidas de como montar uma carteira estratégica? O MB quer ajudar você com um portfólio pronto, com as principais criptomoedas relacionadas à inteligência artificial. Clique aqui para responder uma pesquisa e ajudar o MB nesta construção.O post 2GO Bank é acusada por Israel de estar envolvida em financiamento de terrorismo apareceu primeiro em Portal do Bitcoin.