Como Shantal Verdelho criou uma marca de joias de R$ 20 milhões

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A marca de joias Zion inaugurou nesta quinta-feira, 27, um loja em Ipanema, no Rio de Janeiro. O novo espaço marca um novo capítulo para a marca de joias criada pela influenciadora e empreendedora Shantal Verdelho, sua mãe, Rovana Buonamici, e sua irmã, Raíra Buonamici. A marca mudou o endereço de sua loja no Rio em resposta ao comportamento dos clientes, mais presente na zona sul.Com 1,7 milhão de seguidores no Instagram, Shantal é conhecida por compartilhar seu estilo de vida, maternidade, alimentação e exercícios físicos. Ao longo dos anos ela construiu uma audiência fiel, o que permitiu que a Zion se posicionasse como um negócio nativo digital e se conectasse diretamente com o público.“Desde o início, a Zion foi construída ouvindo as pessoas. Tudo o que fazemos passa pelo nosso público, seja no design das coleções, nos serviços das lojas ou até mesmo na escolha dos pontos físicos”, afirma.A Zion se diferencia pelo design exclusivo das peças e pela personalização. Os clientes podem criar joias sob medida, com iniciais, datas e até fotos gravadas diretamente nas peças. Outro destaque é a experiência de compra nas lojas, que oferecem serviços como piercing e soldagem de joias no corpo.O modelo de negócio da Zion tem funcionado. Criada sem investimento externo, a empresa faturou 20,5 milhões de reais no último ano. Mesmo com a concorrência de gigantes do setor, a marca expandiu suas operações e hoje tem quatro lojas físicas e um e-commerce que representa a maior parte das vendas. O ticket médio é de 2.300 reais. “Nosso objetivo sempre foi oferecer algo que fosse além do acessório. Queremos que as pessoas se conectem com as peças, que elas tenham um significado real”, diz Shantal.Além da Zion, Shantal também é dona da marca de vinhos Zion Wine e diretora criativa da Hope Resort.Joias em famíliaA história da Zion começou com a irmã da Shantal, que abriu uma marca de joias com uma amiga. A sociedade não deu certo e foi desfeita. Foi então que as irmãs e a mãe decidiram criar uma marca própria, aproveitando a experiência familiar na fabricação de joias.“No começo, foi tudo muito intuitivo. A gente sabia que queria construir algo sólido, mas sem grandes investimentos. Então, começamos dentro de casa, com os recursos que tínhamos”, conta Shantal.A primeira coleção, em prata, foi desenvolvida no closet do marido de Shantal, ao lado da impressora da casa. As vendas vieram rápido após o lançamento online. O que começou há sete anos como um pequeno virou um negócio estruturado, com 700 modelos de joias e pelo menos sete coleções lançadas por ano.Personalização como diferencialA Zion se posiciona com um conceito claro: vender joias com significado. As coleções carregam mensagens, inspiradas em valores pessoais da família.“Minha mãe sempre acreditou que as joias podiam carregar uma história, uma mensagem. Então, desde o início, a gente quis que cada coleção tivesse um significado real, que fosse além da estética”, diz Shantal.Outro diferencial é a personalização. A empresa permite que clientes criem joias sob medida, incluindo iniciais, datas e até fotos gravadas diretamente na peça.“As clientes querem peças únicas, algo que fosse só delas. Então, investimos em maquinário para tornar isso possível dentro das lojas”, explica.A produção segue majoritariamente dentro de casa. Cerca de 70% das joias são feitas na fábrica da família, em São Paulo. O restante, cerca de 30%, vem de fornecedores externos.“Ter a nossa própria produção nos dá mais controle sobre qualidade e prazos. Isso foi essencial para crescer sem depender tanto de terceiros”, afirma Shantal.Os números da ZionO crescimento da Zion tem sido constante. O faturamento subiu 6% de 2023 para 2024, e a expectativa para 2025 é fechar o ano com 21,7 milhões de reais. O ticket médio da marca está em 2.300 reais.A operação física cresceu nos últimos anos, mas o digital ainda domina. Cerca de 70% das vendas vêm do e-commerce, enquanto as lojas representam entre 30%.“Nossa força sempre foi digital, mas percebemos que muitas clientes queriam experimentar as peças antes da compra. As lojas vieram para complementar essa experiência”, diz Shantal.Expansão e desafiosApesar do crescimento, a margem de lucro da empresa é apertada. A carga tributária do setor impacta diretamente os resultados, e Shantal afirmou que, mesmo com a empresa faturando mais, a margem se mantém baixa."Nós crescemos, mas a margem não acompanha. Esse é um dos desafios que precisamos equilibrar”, afirma.O futuro da Zion passa pela expansão do portfólio. Uma das apostas para 2025 é investir mais na linha masculina. A empresa avalia novas lojas, mas não tem nenhum ponto definido.“Queremos que a nossa loja seja uma experiência. Desde o atendimento até os serviços, tudo foi pensado para ser diferente das grandes redes”, explica Shantal.1/10(1º lugar: Nvidia (NVDC34))2/10(2º lugar: Tesla (TSLA34))3/10(3º lugar: Advanced Micro Devices (A1MD34))4/10(4º lugar: KLA (K1LA34))5/10(5º lugar: Tokyo Electron (TYO: 8035))6/10(6º lugar: Pinduoduo (Nasdaq: PDD))7/10(7º lugar: Cadence Design Systems (C1DN34))8/10(8º lugar: Lam Research (L1RC34))9/10(9º lugar: Synopsys (S1NP34))10/10(10º lugar: Shopify (S2HO34))