O agente do Serviço Secreto dos Estados Unidos, Clint Hill, que pulou em cima da limusine de John Kennedy para proteger o presidente mortalmente ferido e que durante muito tempo se perguntou se poderia tê-lo salvado se tivesse agido mais rapidamente, morreu aos 93 anos, afirmou sua família nesta segunda-feira.Hill, que é visto nas imagens do assassinato pulando na traseira da limusine presidencial para alcançar o presidente e sua esposa, Jacqueline, morreu pacificamente em casa, segundo um comunicado da família.“O heroísmo de Hill em 22 de novembro de 1963, durante o assassinato do presidente John F. Kennedy, o transformou em um símbolo mundial de coragem e um ícone reverenciado do Serviço Secreto dos Estados Unidos”, disse o comunicado.Natural da Dakota do Norte, Hill fez parte da equipe de segurança presidencial de Dwight Eisenhower e considerou um rebaixamento quando foi atribuído à esposa do presidente-eleito Kennedy em 1960. Mas em novembro de 1963, o agente de 31 anos, há cinco no Serviço Secreto, se tornou parte da história.Quando a comitiva estava próxima do prédio do Texas School Book Depository, no centro de Dallas, Hill ouviu o que inicialmente achou ter sido um rojão e depois viu Kennedy cambalear e apertar a garganta. Quando saiu correndo do veículo que seguia o do presidente, Kennedy foi atingido uma segunda e uma terceira vez enquanto Hill pulava para a traseira do carro dos Kennedys, que estava acelerando.Um vídeo de 26 segundos filmado pelo transeunte Abraham Zapruder, considerado uma das principais crônicas do assassinato, mostra Hill pulando na limusine presidencial — o único agente do Serviço Secreto a correr na direção do veículo. Ele direcionou a senhora Kennedy, que parecia estar se arrastando na direção da traseira do carro para recolher pedaços da cabeça do presidente, de volta ao seu assento e cobriu ambos com o seu corpo enquanto a limusine acelerava.Hill recebeu uma menção honrosa pelo seu trabalho, mas, como outro agentes trabalhando naquele dia, ele foi atormentado por pensamentos sobre o que deveria ter feito. Alcoolismo, depressão, alienação e pesadelos o dominaram nos anos seguintes.Em uma entrevista emocionado em 1976 com Mike Wallace para o programa “60 Minutes” da CBS, ele lamentou não ter chegado ao carro a tempo de levar o terceiro tiro.“A culpa foi minha”, disse Hill. “Se eu tivesse reagido apenas um pouco mais rápido… Vou viver com isso até o meu túmulo.”Em outra entrevista à CBS, em 2013, Hill disse que encontrou algum grau de redenção quando retornou a Dallas em 1990, caminhou pela área onde ocorreu o atentado e entrou no prédio que o assassino Lee Harvey Oswald usou para os disparos.“Depois de algumas horas, fui embora sabendo que tinha feito tudo o que podia naquele dia”, disse ele. “Mas ainda tinha aquele sentimento de culpa e responsabilidade porque eu era o único que tinha uma chance e não pude fazer nada.”The post Agente do Serviço Secreto que tentou salvar John Kennedy morre aos 93 anos appeared first on InfoMoney.