Desmatamento no Amazonas cresce 50% em janeiro de 2025, aponta Imazon

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O desmatamento no Amazonas aumentou 50% em janeiro de 2025, atingindo 3 km² de área desmatada, segundo o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). No mesmo período de 2024, o estado havia registrado 2 km² de destruição florestal. Apesar do crescimento, o Amazonas representa apenas 3% do total desmatado na Amazônia Legal, que registrou 133 km² de floresta destruída no primeiro mês do ano, um aumento de 68% em relação a janeiro do ano passado.A degradação florestal, que ocorre devido a queimadas e exploração ilegal de madeira, também cresceu no Amazonas. Em janeiro de 2025, o estado teve 5 km² de áreas degradadas, o que representa 1% do total da Amazônia Legal. Embora o volume seja menor que o de estados como Pará (46%) e Maranhão (40%), a destruição ambiental na região amazônica segue em ritmo acelerado.A pesquisa revelou que parte do desmatamento no Amazonas ocorreu em assentamentos rurais, como o PDS Realidade (AM), que está entre os mais impactados da Amazônia Legal. Além disso, as Unidades de Conservação e as Terras Indígenas do estado também sofreram impactos, com destaque para a TI Alto Rio Negro (AM/RR) e a TI Yanomami (AM/RR).Entre as Unidades de Conservação mais afetadas no Amazonas, aparecem a APA Caverna do Maroaga (Presidente Figueiredo), com 0,2 km² de desmatamento, a Floresta Nacional do Amazonas (0,07 km²) e o Parque Estadual da Serra do Aracá (0,07 km²).Desmatamento em área privadaO levantamento do Imazon apontou que a maior parte do desmatamento da Amazônia Legal ocorreu em áreas privadas ou em posse irregular (84%), seguidas por assentamentos (13%), Unidades de Conservação (2%) e Terras Indígenas (1%). Os estados que mais desmataram foram Mato Grosso (45%), Roraima (23%) e Pará (20%).Além disso, a degradação ambiental na Amazônia apresentou um crescimento expressivo de 2.119%, passando de 16 km² em janeiro de 2024 para 355 km² no mesmo mês de 2025. Esse aumento preocupa especialistas, pois indica uma tendência de avanço da destruição antes mesmo da chegada do período seco, quando as queimadas costumam se intensificar.O relatório também identificou os municípios mais afetados pelo desmatamento na Amazônia Legal, entre eles Amajari (RR), Juína (MT) e Uruará (PA). No Amazonas, o município de Presidente Figueiredo aparece como um dos pontos mais críticos de degradação ambiental.O avanço do desmatamento e da degradação ambiental reforça a necessidade de ações urgentes de fiscalização e controle, além do fortalecimento de políticas públicas voltadas à preservação da Amazônia. A crescente destruição das florestas impacta diretamente a biodiversidade, as comunidades indígenas e ribeirinhas e o equilíbrio climático da região.Apesar dos esforços de monitoramento e repressão ao desmatamento ilegal, os números mostram que a pressão sobre a floresta continua alta, exigindo maior investimento em fiscalização ambiental e na regularização fundiária para conter a devastação. Leia mais: STF x Rumble: o conflito jurídico e o futuro da internet no BrasilLei Maria da Penha passa a valer para casais homoafetivos e mulheres trans, define STF