O Kiss realizou sua última apresentação em dezembro de 2023, encerrando assim suas atividades após 50 anos. Agora oficialmente aposentado, Paul Stanley relembrou como surgiu a decisão de pendurar as chuteiras, algo que já havia sido ensaiado no começo do século, mas rendeu ainda muitos anos de shows e álbuns.O vocalista e guitarrista foi um dos convidados do primeiro episódio do podcast “Stories To Tell With Richard Marx” (via Blabbermouth). Na ocasião, abordou a decisão de parar e revelou que a conversa o envolveu com Gene Simmons (baixo/voz) e o empresário Doc McGhee.Nas palavras do músico:“Acho que pode ter acontecido no avião. Eu, Gene e Doc, nosso empresário, que esteve conosco por décadas. Não foi fatalista, nem depressivo de maneira alguma. Foi apenas uma praticidade da qual falamos: ‘Não podemos fazer isso para sempre. E podemos ver o fim. Agora o que fazemos? Vemos que isso precisa ter um tempo finito. O que fazemos entre agora e depois?’ Doc e eu temos um acrônimo, que é TQR – Tempo de Qualidade Restante. Em algum ponto, se torna sobre isso. Você tem tanto tempo na vida. O que quer fazer com isso?”Stanley contou que as conversas com Simmons datam de anos atrás. O fato de que a turnê de despedida foi interrompida pela pandemia também tornou o processo mais longo.“Lembro de Gene e eu falando sobre isso anos atrás. Você tem que lembrar que a covid e a pandemia criou um intervalo de dois anos. Começamos a última turnê antes da covid. E então, de repente era como: ‘Bem, espere um minuto. Nós não acabamos. E estamos ficando mais velhos. Então o relógio está andando’.”Vontade de voltarPerguntado sobre a vontade de voltar aos palcos, Paul Stanley admitiu que sente falta, mas está em paz com o fato de que não vai mais tocar com o Kiss. Para ele, existe outras coisas na vida que preenchem o vazio – que ele confirma que existe.O músico afirmou:“Tenho sido abençoado por fazer isso aos 70 anos, algo que se você me falasse há 50 anos, eu diria que você está louco. Então sim, sinto falta, mas não sinto necessidade. Acho que as pessoas que realmente sentem necessidade disso são aquelas que não encontram outras maneiras de gratificação, seja das pessoas ou delas próprias, o que para mim é pintando, ou com minha família ou amigos.”No entanto, o Starchild confirmou que o coração bateu mais forte quando, um ano depois, passou em frente ao Madison Square Garden, local em Nova York onde aconteceu o último show do Kiss e foi a “casa” da banda quando tocavam em sua terra natal. Ele concluiu:“Eu estava em Nova York no ano passado em 1 e 2 de dezembro, e passei pelo Garden nas duas noites em que tocamos (um ano antes). E, sim, há algo que parece quase como uma fantasia, como uma experiência fora do corpo. Você está olhando para algo e é difícil relacionar que você estava lá. Eu vejo vídeos de mim no palco há um ano e meio e fico: ‘uau’. E também preciso pensar: ‘isso não vai acontecer de novo’.”Quer receber novidades sobre música direto em seu WhatsApp? Clique aqui!Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Bluesky | Twitter | TikTok | Facebook | YouTube | Threads.O post Paul Stanley relembra quando debateu fim do Kiss com Gene Simmons apareceu primeiro em Igor Miranda.