Quem é o policial civil preso suspeito de lavar dinheiro do PCC com fintech

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O policial civil Cyllas Salerno Elia Junior foi preso novamente, durante uma operação nesta terça-feira (25), suspeito de lavar dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) por meio de uma fintech.Elia Junior se apresenta como CEO da 2GO Bank, uma das instituições financeiras delatadas por Vinicius Gritzbach, empresário morto no Aeroporto de Guarulhos em novembro de 2024.A 2GO Bank e a InvBank são investigadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público por ocultar recursos ilícitos da facção com tráfico de drogas, organização criminosa e outras atividades ilegais. As empresas movimentavam valores ilegais por meio de sofisticados mecanismos financeiros para esconder a procedência e beneficiários reais.A Operação Hydra desta terça é coordenada pela PF e pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público de São Paulo.Em sua delação, Gritzbach revelou que Elia Júnior era sócio em uma instituição bancária com Rafael Maeda, o Japa, e Anselmo Santa Fausta, o Cara Preta — ambos integrantes do PCC já mortos. O policial já havia sido preso em novembro de 2024 na Operação “Dólar Tai-pan”.Em suas redes sociais, o policial costuma fazer diversas publicações sobre sua empresa, principalmente com parcerias em eventos e até com clubes de futebol. Também fazia post pessoais, como em viagens ou em homenagens a amigos.Veja um post no Instagram de Cyllas:Ver essa foto no InstagramUma publicação compartilhada por Cyllas Elia (@cyllas)Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP), responsável pela Polícia Civil de São Paulo, informou que Cyllas Elia Junior já havia sido afastado de suas funções em dezembro de 2022. A Corregedoria da corporação acompanha a ação desta terça para colaborar com as investigações.Procuradas pela CNN, as duas fintechs mencionadas ainda não enviaram um posicionamento. O espaço segue aberto. Leia Mais PM apreende drogas, fuzil e granadas em casa-bunker em SP; veja Lideranças de facção baiana são presas na Grande São Paulo MP denuncia esposa de policial civil acusado de envolvimento com PCC Operação HydraA ação desta terça-feira buscava cumprir um mandado de prisão e dez de busca e apreensão nas sedes das companhias e em endereços de seis pessoas que trabalham nas fintechs.Os mandados foram cumpridos nas cidades de São Paulo, Santo André e São Bernardo do Campo. A Justiça também determinou o bloqueio de valores em oito contas bancárias e a suspensão temporária das atividades econômicas das instituições financeiras envolvidas.Segundo os investigadores, as fintechs encaminhavam os depósitos para contas de “laranjas”, as quais tinham total controle.A operação desta terça é um desdobramento da delação do empresário Vinícius Gritzbach, assassinado no Aeroporto de Guarulhos em novembro de 2024.Este conteúdo foi originalmente publicado em Quem é o policial civil preso suspeito de lavar dinheiro do PCC com fintech no site CNN Brasil.