Apple vai manter programa de diversidade mesmo sob Trump

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A Apple fará mudanças no programa de diversidade e inclusão da empresa após os acionistas rejeitarem uma proposta que eliminaria a iniciativa. Os investidores acataram o apelo feito pelo CEO Tim Cook para que a política não fosse extinta, mesmo sob pressão do governo Donald Trump.No início do ano, o Centro Nacional de Pesquisa de Políticas Públicas (NCPPR, na sigla em inglês) — um grupo de estudos autodenominado conservador — notificou a Apple a abandonar ações de equidade, assim como fizeram Google, Meta, Microsoft e Amazon. O tema foi levado à votação e 97% dos acionistas acabaram rejeitando a proposta, segundo a Reuters.Cook admitiu, no entanto, que o programa deverá passar por alterações. “À medida que o cenário jurídico em torno desta questão evolui, podemos precisar fazer algumas mudanças. Continuaremos trabalhando juntos para criar uma cultura de pertencimento, onde todos possam fazer o seu melhor trabalho”, afirmou na reunião anual de acionistas.Homens brancos e asiáticos são maioria na Apple (Imagem: Drop of Light/Shutterstock)O principal programa de diversidade da empresa é o Diversity Network Associations (DNA), que promove em todo o mundo atividades de acolhimento para mulheres, pessoas negras, portadores de deficiência, entre outros.O relatório mais recente da Apple sobre diversidade e inclusão dentro da companhia revelou que quase três quartos de sua força de trabalho global consistia de funcionários brancos e asiáticos, sendo quase dois terços de seus funcionários homens.Leia Mais:Apple anuncia maior investimento da história após tarifas nos EUAiPhone 16e: parece que a Apple mudou de estratégiaMeta se junta à UNESCO para treinar diversidade linguística de IAPrograma de diversidade vai passar por mudanças mesmo após acionistas defenderem iniciativa (Imagem: John Gress Media Inc/Shutterstock)O que alegam os conservadores?“A diversidade forçada é ruim para os negócios”. Foi o que disse o diretor-executivo do Free Enterprise Project do NCPPR, Stefan Padfield, após a Apple rejeitar as mudanças. “A mudança de clima é clara: DEI está fora e mérito está dentro”, afirmou.Segundo a Reuters, Padfield atacou a empresa por estar “fora de sintonia com decisões judiciais” que tratam do assunto. E disse que o programa pode expor a Apple a uma “enxurrada de potenciais processos por suposta discriminação”.Recentemente, a Target foi processada por supostamente ocultar informações de risco do seu programa de diversidade. A ação foi movida pelo Conselho Estadual de Administração da Flórida, uma agência que supervisiona fundos de pensão públicos que possuem ações da varejista.O principal argumento usado pelas companhias que aderiram à proposta do NCPPR se baseia em uma decisão da Suprema Corte do país — de maioria conservadora — que colocou fim às ações afirmativas em universidades americanas.O post Apple vai manter programa de diversidade mesmo sob Trump apareceu primeiro em Olhar Digital.