O Banco Central (BC) publicou, hoje (26) o relatório técnico sobre a primeira fase do Piloto Drex e surpreendeu o mercado ao anunciar que cancelou a fase de testes com proejtos de empresas que ainda não estão no piloto. De acordo com o banco, “o BC só avançará nas soluções que garantam privacidade, proteção de dados e segurança das transações”. Esse é o calcanhar de Aquiles do projeto que não foi resolvido na primeira fase, como já havia dito Clarissa Souza, líder de tecnologia da iniciativa no Banco Central (BC), instituição no Fórum Drex, no final de 2024. O relatório do BC sobre os testes afirma que “é provável que um grande esforço de adaptação seja necessário para que a Plataforma Drex possa servir como infraestrutura para serviços inovadores destinados à sociedade. Apesar de avanços importantes na direção da anonimização, as soluções testadas apresentam limitações que comprometem, no momento, sua adoção no contexto das necessidades de negócio estabelecidas.” “A falta de controle pelas autoridades sobre os tokens e as limitações na programabilidade e na componibilidade mostram que o estado das soluções carece de maturidade com relação aos requisitos essenciais para um sistema financeiro robusto e dinâmico” diz ainda no documento. Na prática, significa que os testes com foco em privacidade e segurança continuam com quem está no piloto desde o início. E que não haverá, portanto, testes desses pontos com os de casos de uso que envolveriam usuários finais e outros setores, além do financeiro, com essas novas empresas. Na primeira fase, os testes foram “internos”. Na fase 2, quem participou do segundo ainda testa esses outros casos de uso. Só que entrariam na fase, em 2025, essas outras empresas também no grupo. BC recebeu 101 projetos “O BC decidiu por não incluir, nesse momento, novos casos na segunda fase do Piloto Drex. O Piloto se mostrou desafiante do ponto de vista tecnológico, e vem demandando na segunda fase um acompanhamento mais intensivo do que o antecipado”, diz o comunicado que publicou hoje. Para justificar que novas empresas não participaram dos testes, afirmou que dos 101 projetos, tirando os que atenderam aos requisitos da chamada, sobraram 50. E que esses “não apresentaram diferenciação suficiente em relação aos casos já em teste que justificasse a alocação de recursos necessária para seu acompanhamento”.