O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira, 26, que revogará as concessões dadas pelo seu antecessor, Joe Biden, à Venezuela em 26 de novembro de 2022. Na ocasião, o governo americano autorizou as operações da Chevron no país sul-americano.O acordo em questão está vinculado a "condições eleitorais dentro da Venezuela, que não foram cumpridas pelo regime de (o presidente Nicolás) Maduro", disse Trump em sua rede Truth Social."O governo americano não reconhece a reeleição de Maduro para um terceiro mandato (2025-2031), e apoia o exilado Edmundo González Urrutia, que reivindica a vitória nas eleições presidenciais em julho do ano passado.Além disso, Trump acusa o governo do líder chavista de não aceitar os imigrantes venezuelanos em situação irregular no ritmo "que haviam acordado". O governo do presidente democrata Biden aliviou, em novembro de 2002, algumas sanções impostas ao petróleo da Venezuela no primeiro mandato de Trump, em um esforço para apoiar as negociações entre Maduro e a oposição.Na ocasião, o Departamento do Tesouro permitiu que a petrolífera americana Chevron retomasse a produção de forma "limitada" na Venezuela.Biden impôs novamente boa parte das sanções ao petróleo e ao gás venezuelano em abril de 2024, depois que Maduro descumpriu os compromissos eleitorais. Mas manteve as licenças individuais a algumas petrolíferas como a americana Chevron.Após voltar ao poder em 20 de janeiro deste ano, Trump enviou um emissário a Caracas, Richard Grenell, que regressou com seis prisioneiros da Venezuela e a promessa, segundo Washington, de que o governo Maduro aceitaria os imigrantes venezuelanos em situação irregular expulsos dos Estados Unidos."O regime não transportou os criminosos violentos que enviaram ao nosso país (...) de volta à Venezuela no ritmo rápido que haviam acordado", afirmou o presidente nesta quarta-feira. "Por isso, ordeno que o ineficaz e o descumprido 'Acordo de Concessão' de Biden seja rescindido a partir da opção de renovação de 1º de março", concluiu.