Depois de quase oito anos, The Cult está novamente no Brasil. Celebrando suas quatro décadas de história, a banda iniciou uma série de três shows no país no último sábado (22), com uma apresentação no Vivo Rio, no Rio de Janeiro. Depois, no domingo (23), tocou na Vibra, em São Paulo. A curta turnê será encerrada na Live, em Curitiba, nesta terça (25).Enquanto estava no hotel preparando-se para a performance, Ian Astbury concedeu uma entrevista à jornalista Tamira Ferreira para o site Tramamos. Ao ser perguntado sobre sua passagem pela cidade maravilhosa, o vocalista surpreendeu ao dar uma curiosa e sincera resposta. Logo de cara, o cantor respondeu: “Cansado”. Em seguida, mencionou o jetlag, um problema com seu assistente principal, o atraso do voo saindo dos Estados Unidos e até mesmo a sensação de isolamento por não estar explorando Copacabana. Ele explicou: “[Estou] cansado. Estou preso no hotel. A gente chegou ontem [sexta-feira, 21] à tarde, mais ou menos às 15h, ainda estamos com jetlag. Estamos presos aqui na praia de Copacabana. A gente está sem assistência, sem transporte, porque nosso assistente principal ficou preso em uma nevasca nos Estados Unidos. Nosso voo teve duas horas de atraso em Houston. […] Eu não falo português, estamos sem guia. Honestamente, você fica preso no hotel e é tedioso. As pessoas acham que você chega em uma cidade e sai para museus, galerias, festas, restaurantes, mas não é verdade. A verdade é que você é deixado no hotel e você precisa lidar com esse isolamento.”Conexão com o BrasilDe qualquer forma, Astbury deixou clara a sua conexão especial com o Brasil. O The Cult se apresentou no país pela primeira vez em 1991, mas, segundo o cantor, sua paixão começou bem antes, por influência do pai – que era marinheiro: “Minha relação com o Brasil começou muito antes [de vir pela primeira vez com o The Cult] porque meu pai veio para cá como marinheiro em 1950, então eu sabia onde era o Brasil quando criança. E eu cresci amando o futebol brasileiro. Me lembro de voltar da escola em 1970 para ver o Brasil jogar contra a Itália na Copa do Mundo, eu deveria ter seis ou sete anos. Quando eu vivi no Canadá, eu vi o Pelé jogando pelo New York Cosmos. Eu estava apaixonado por esse cara (Pelé), pelo seu carisma, a forma como ele se movia e jogava. Acho que essa foi a maior experiência cultural brasileira, através do futebol.”Além do futebol, Astbury também adorava as histórias “muito loucas” que o pai contava envolvendo o Rio de Janeiro: “Meu pai me contava histórias sobre o Brasil, especialmente sobre o Rio de Janeiro, de quando ele era jovem. Eram histórias muito loucas. Eu sempre tive essa imagem do Brasil sendo um lugar muito apaixonante, louco e sensual.”The Cult no BrasilDepois do Rio de Janeiro, o The Cult seguiu para São Paulo, onde tocou no último domingo (23), na Vibra SP. Agora, o grupo finaliza a passagem por território nacional em Curitiba, com uma apresentação no Live Curitiba nesta terça-feira (25). Ingressos seguem à venda no site Fastix. Comandada por Ian Astbury (vocalista) e Billy Duffy (guitarrista), a banda é completa hoje por John Tempesta (bateria) e Charlie Jones (baixo). Seu álbum mais recente, “Under the Midnight Sun”, saiu em 2022, mas a atual turnê celebra os 40 anos de atividade — ainda que Astbury diga que não.Quer receber novidades sobre música direto em seu WhatsApp? Clique aqui!Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Bluesky | Twitter | TikTok | Facebook | YouTube | Threads.O post A curiosa resposta de Ian Astbury à pergunta “como está?” no Rio apareceu primeiro em Igor Miranda.