Comissão Nacional de Biodiversidade define 23 metas para recuperação de biomas até 2030

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A Comissão Nacional de Biodiversidade (Conabio) aprovou 23 metas para a recuperação dos biomas brasileiros entre 2025 e 2030. O plano inclui medidas para zerar o desmatamento, restaurar ecossistemas e reduzir a perda de espécies. As ações fazem parte da Estratégia e Plano de Ação Nacionais para a Biodiversidade (NBSAP), compromisso do Brasil no Marco Global de Kunming-Montreal.A primeira meta trata da redução da perda de biodiversidade, dividida em duas frentes: planejamento territorial e gestão participativa, considerando as mudanças climáticas, e a eliminação do desmatamento no país.Outras metas incluem a recuperação e o manejo de ecossistemas, a promoção do uso e comércio sustentável, a redução de espécies exóticas invasoras, o controle da poluição e a preservação da variabilidade genética de espécies.As metas estabelecidas também refletem a posição do Brasil nas negociações internacionais. Um exemplo disso é a intenção do governo de aumentar o financiamento para a biodiversidade, buscando recursos públicos e privados.O objetivo é ampliar os investimentos nessa área de forma proporcional ao PIB nacional, contribuindo para a meta global de US$ 200 bilhões anuais até 2030. Outra proposta é eliminar subsídios prejudiciais ao meio ambiente e fortalecer a cooperação técnico-científica.O documento final com as metas foi publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira (20/2), após consulta pública e audiências setoriais, consolidando a estratégia do Brasil para a proteção da biodiversidade nos próximos anos.Como garantir a biodiversidade em projetos de reflorestamento?Projetos de mitigação de carbono ligados ao reflorestamento com árvores nativas são cada vez mais numerosos e conferem, no marketing ambiental, uma boa imagem para quem os realiza. Entretanto, uma questão por vezes deixada de lado nessas iniciativas é a manutenção e o estímulo à biodiversidade da área reflorestada.Um estudo feito 200 projetos ao redor do mundo pela ONG Social Carbon Foundation, do Reino Unido, e divulgado em março de 2024, aponta que somente 12% dos projetos de plantio de árvores para geração de créditos de carbono utilizam dez ou mais espécies nativas. E 32% lançam mão exclusivamente de espécies exóticas. Ou seja, a biodiversidade é deixada de lado.Assim, é preciso orientar interessados em reflorestar áreas com base não só no sequestro de carbono, mas também no estímulo à vida, tanto da mata nativa quanto de animais, fungos e outras espécies, além da população no entorno.Confira as 23 metas definidas pela Conabio:Metas ConabioBaixarLeia Mais:Mural Eletrônico do TSE facilita acompanhamento dos processos eleitorais; saiba como funcionaReceita Federal lança cartilha para orientar novos prefeitos sobre obrigações fiscaisCâmara aprova projeto que criminaliza deepfake e pode levar à cassação de candidaturas