Bolsonaro diz que esquerda tem “obsessão para calar a voz” dele

Wait 5 sec.

O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta sexta-feira (21/2), que a esquerda tem a obsessão de “calar a voz” de quem pensa diferente dela. A expressão foi dita no 1º Seminário Nacional do Partido Liberal (PL), na tarde desta sexta, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.“Sou recordista de processos de cassação. Recebi mais de 20 processos de cassação pela esquerda. Por ocupar a maioria da Câmara e, segundo a esquerda, falar o que não devia. Então, essa obsessão para calar a voz de quem não comunga com a ideia deles continua”, afirmou Bolsonaro.No discurso no evento, Bolsonaro ainda acrescentou que a presidência da República era um possível castigo. “Dentro daquela sala vazia lá da presidência, eu já chamei e falei assim: ‘meu Deus, qual foi o meu pecado por eu estar aqui?’. É muita incompreensão, perseguição”, lamentou ele ao dizer que tenta não chorar em público.Bolsonaro foi precedido pelo filho Carlos Bolsonaro no evento. Antes do pai, o vereador pelo Rio de Janeiro afirmou, chorando, que o Brasil não seria mais uma democracia. Leia também Brasil “A gente não vive mais numa democracia”, diz chorando Carlos Bolsonaro Brasil Bolsonaro pede ao STF prazo de 83 dias para responder à denúncia da PGR Brasil Bolsonaro minimiza denúncia da PGR: “Caguei para a prisão” Brasil Governo Lula mantém cautela sobre denúncia da PGR contra Bolsonaro “Vivemos um momento delicado no país. Eu acredito que a gente não vive mais numa democracia, e a gente tem que se adaptar aos novos tempos. Mas jamais nos calar”, afirmou Carlos Bolsonaro. Durante a fala no evento, o político chegou a interromper o discurso e pediu desculpa por estar chorando.As declaração de Bolsonaro desta sexta se somam a várias falas feitas durante a semana no contexto da repercussão da denúncia, pela Procuradoria Geral da Repúbica (PGR), do ex-presidente por ter sido o líder de uma organização criminosa que tramou um suposto golpe de estado. Além do ex-presidente, a PGR também denunciou outras 33 pessoas pelo crime.