Governo Federal aloca R$ 3 bilhões para novos centros de inovação

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StartupiGoverno Federal aloca R$ 3 bilhões para novos centros de inovaçãoO governo federal anunciou um investimento de R$ 3 bilhões para a criação e expansão de Centros de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PD&I) em território nacional. A iniciativa, liderada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), visa fortalecer a infraestrutura de pesquisa e desenvolvimento no país.O lançamento oficial ocorreu em 20 de fevereiro de 2025, na sede da empresa multinacional Bosch, localizada em Campinas, São Paulo. O evento contou com a presença do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin. Durante a cerimônia, foram detalhados os objetivos e as diretrizes para a aplicação dos recursos destinados aos centros de PD&I.Os centros de PD&I são estruturas que abrigam laboratórios, áreas de testes, desenvolvimento de produtos e pesquisas, tanto básicas quanto aplicadas. Além disso, promovem a colaboração entre empresas, universidades e outras instituições de pesquisa, criando um ambiente propício para a inovação e o avanço tecnológico.Os recursos disponibilizados serão distribuídos por meio de diferentes modalidades de apoio financeiro, incluindo subvenções econômicas, empréstimos, participações acionárias e aportes não reembolsáveis para projetos colaborativos entre empresas e instituições tecnológicas. Essa diversidade de instrumentos financeiros busca atender às variadas necessidades dos projetos e incentivar a participação de diferentes atores no ecossistema de inovação.Para que as empresas interessadas possam ser contempladas, é necessário que as propostas estejam alinhadas a pelo menos uma das missões estabelecidas pela política de desenvolvimento industrial do governo federal, conhecida como Nova Indústria Brasil (NIB). As áreas prioritárias definidas pela NIB incluem infraestrutura, habitação e mobilidade; agroindústria; complexo industrial de saúde; transformação digital; bioeconomia e transição energética; e tecnologia de defesa.Os projetos submetidos devem apresentar uma demanda mínima de crédito superior a R$ 20 milhões. No entanto, para as regiões Norte e Nordeste, esse valor mínimo é reduzido para R$ 10 milhões, com o objetivo de fomentar o desenvolvimento regional e reduzir desigualdades. O prazo máximo para a execução dos projetos é de até 36 meses, permitindo um planejamento adequado e a implementação eficaz das iniciativas propostas.O vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin destaca a importância da inovação como um dos pilares para a neoindustrialização do país. Segundo Alckmin, a chamada pública realizada pelo BNDES e pela Finep incentivará as empresas a investirem em pesquisa e desenvolvimento, aprimorando produtos e processos, além de gerar emprego e renda no Brasil. Essa iniciativa busca posicionar o país de maneira mais competitiva no cenário global, promovendo o avanço tecnológico e a modernização da indústria nacional.Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, enfatizou que os centros de PD&I desempenham um papel crucial na aceleração do lançamento de novos produtos e serviços ou na melhoria dos já existentes. Essa dinâmica contribui para aumentar a competitividade, a complexidade e a diversificação da economia brasileira. Mercadante ressaltou que o Brasil possui uma base científica sólida, forma profissionais qualificados e dispõe de uma variedade de institutos de pesquisa. No entanto, ainda há desafios a serem superados na transformação desses ativos em inovações empresariais e na retenção de talentos no país.Celso Pansera, presidente da Finep, acrescentou que os centros de PD&I são fundamentais para a atração e manutenção de empregos qualificados, elevando o nível de renda e a complexidade econômica. Além disso, grandes centros de pesquisa tendem a atrair uma cadeia de fornecedores especializados, gerando um ciclo virtuoso de crescimento e inovação. Essa concentração de competências e recursos cria um ambiente favorável ao desenvolvimento tecnológico e ao fortalecimento da economia.Apesar dos esforços e investimentos em inovação, o Brasil ocupa atualmente a 50ª posição no Índice Global de Inovação (IGI), conforme relatório divulgado em setembro de 2024 pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI). Essa colocação representa uma queda de uma posição em relação ao ano anterior, em um ranking que avalia 133 países. Os dez primeiros colocados incluem Suíça, Suécia, Estados Unidos, Singapura, Reino Unido, Coreia do Sul, Finlândia, Holanda, Alemanha e Dinamarca. Esse cenário indica a necessidade de intensificar os investimentos e as políticas voltadas para a inovação, visando melhorar a posição do país nos próximos anos.A iniciativa de destinar R$ 3 bilhões para a criação e expansão de centros de inovação reflete o compromisso do governo brasileiro em promover o desenvolvimento tecnológico e a competitividade industrial. Ao incentivar a pesquisa e o desenvolvimento, espera-se que o país avance em sua capacidade de inovação, contribuindo para o crescimento econômico sustentável e a geração de empregos de qualidade. A colaboração entre o setor público, empresas e instituições de pesquisa será fundamental para o sucesso dessa empreitada e para posicionar o Brasil de forma mais destacada no cenário global de inovação.Aproveite e junte-se ao nosso canal no WhatsApp para receber conteúdos exclusivos em primeira mão. Clique aqui para participar. Startupi | Jornalismo para quem lidera inovação!O post Governo Federal aloca R$ 3 bilhões para novos centros de inovação aparece primeiro em Startupi e foi escrito por Tiago Souza