O ministro Alexandre de Moares, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou, nessa quinta-feira (6/6), o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de suspensão da ação penal relacioanda à trama golpista.“Diante do exposto, nos termos do art. 21, indefiro os requerimentos formulados pela defesa de Jair Messias Bolsonaro. Ciência à Procuradoria-Geral da República”, escreveu Moraes em resposta à solicitação feita horas antes.A defesa de Bolsonaro fundamentou a argumentação do pedido encaminhado ao STF em dois principais argumentos: a falta de acesso integral às provas e a necessidade de que Bolsonaro só seja interrogado após o depoimento das testemunhas dos demais núcleos denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).No entendimento dos advogados do ex-presidente em relação às provas, houve o direcionamento de apenas links com milhares de gigabytes de dados — parte dos quais ainda não foi disponibilizada pela Polícia Federal (PF).Os advogados ainda pontuaram que Bolsonaro não pode ser interrogado antes que todas as testemunhas dos outros núcleos sejam ouvidas. O motivo é que eles tratam de fatos diretamente relacionados ao ex-presidente. A defesa também pediu que possa participar das audiências para inquirir as demais testemunhas. Leia também Brasil Bolsonaro admite reunião com autoridade dos EUA, mas omite teor à PF Brasil Bolsonaro diz à PF que não autorizaria repasse do PL a Eduardo nos EUA Brasil Bolsonaro sentará ao lado do delator Cid em interrogatório no STF “Assim, não é possível seguir com o início dos interrogatórios sem que seja franqueado para a defesa o acesso integral às provas: um direito básico cujo atendimento deveria ter corrido imediatamente após a formalização da acusação, mas que até hoje não se observou”, escreveram os advogados.Ao todo, o núcleo 1 da trama golpista, considerado o núcleo crucial da denúncia apresentada pela PGR, possui oito réus, incluindo Bolsonaro. Os depoimentos desse primeiro grupo estão marcados para começar a partir das 14h de segunda-feira (9/6).